sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

TRAÇOS CULTURAIS SÃO MARCAS ÉTNICAS?
 Zeneide Cordeiro - UFMA
 Arte-educadora.

Os traços culturais são um conjunto de traços distintivos, espirituais e materiais, intelectuais, artísticos e afetivos que caracterizam uma comunidade ou grupo social, esse conjunto abrange o modo de vida dos membros dessa sociedade, os sistemas de valores, as crenças e as tradições. Traços culturais são adquiridos e não se limitam a grupos raciais, étnicos, como se cada uma dessas categorias compartilhassem, necessariamente, a mesma cultura. Os modos de sentir e agir, que se expressam em normas de comportamento, instituições, objetos artísticos e saberes transmitidos constituem o acumulo de conhecimentos culturais, da mesma maneira que é a cultura, os traços culturais de um indivíduo são dinâmicos e se transformam em contato com outra cultura. As marcas étnicas representam a consciência e a diferença de um grupo de pessoas em relação a outros grupos. Esta diferenciação ocorre em função de aspectos sociais, históricos, culturais, linguísticos, raciais, artísticos e religiosos. Traços étnicos não são fixos, mudam com o tempo, o aumento populacional e o contato com outros povos, devido à miscigenação cultural. Toda etnia se identifica com um grupo distinto, considerando-se diferente de outros grupos, e baseia sua identidade em religião, arte e rituais específicos.  Diferenças antropológicas e geográficas antropologia é a ciência que estuda o homem como ser biológico, social e cultural. O conhecimento na antropologia é organizado de acordo com os aspectos que serão estudados, como; antropologia física ou biológica, antropologia social, antropologia cultural e arqueologia. Os termos: antropologia, etnografia e etnologia, são usados para distinguir diferentes níveis de análises acadêmicas. Esta ciência é compreendida como uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural. A Geografia é uma ciência que estuda o espaço, físico, biológico e humano, e a relação entre esses aspectos no planeta terra. A Geografia é uma ciência que permite ao homem compreender o planeta em que vive. Para isso, esta ciência dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos. A estatística é muito usada na área da pesquisa populacional. Os satélites são fundamentais na elaboração de mapas, além de fornecerem dados importantes para a verificação de mudança na vegetação do planeta. Geografia é a ciência que estuda as relações entre a sociedade e a natureza, a forma como a sociedade organiza o espaço terrestre, com o objetivo de explorar melhor os recursos naturais. No processo de produção e reprodução do espaço cada formação econômico-social procura organizar o espaço de acordo com os interesses do grupo dominante e de acordo com as suas disponibilidades de técnica e de capital.

DOMINANTES E DOMINADOS.


A sociedade é divida entre dominantes e dominados como resultado de um processo histórico de lutas, fundamentado no desejo de poder e prestigio de uma parte da população. Os dominantes é uma minoria de pessoas que concentram grande quantidade de bens materiais. Os dominados possuem o mínimo para sobreviverem, entre estes dois grupos existe um grupo denominado de classe média, não é uma classe fundamental, porque não determina a natureza e nem os valores de uma sociedade capitalista. Sobrevivência todas as sociedades humanas se desenvolveram e sobreviveram ao longo do tempo devido às formas adequadas de organização especificas, criaram leis e conceitos morais e sociais. Na atualidade a sobrevivência está diretamente relacionada com a economia e na obediência de leis formais, estabelecidas previamente. A sobrevivência de cada pessoa está em constante luta, não apenas para sobreviver, mas, para uma qualidade de existência.
O SAGRADO E SEUS SÍMBOLOS: KUARUAP


   O kuarup é uma homenagem aos mortos realizado pela maior parte dos grupos indígenas que vivem no Parque Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso.
   A origem do kuarup está relacionada com a forma como os indígenas daquela região acreditam que a humanidade tenha sido criada. Este ritual integra indígenas de diferentes aldeias e é composto de várias atividades, como danças, orações e lutas. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo e primeiro homem do mundo da sua mitologia.
   Nessa atividade os indígenas, fazem pratos especiais, pintam o corpo e tocam músicas com instrumentos como as uruás: longas flautas feitas de bambu, para simbolizar e manifestar suas crenças.
Membros da etnia Kalapalo, tocando Uruás durante o kuarup.
Parque Indígena do Xingu. (MT), 2011.

Monólogo dramático