Olá! Sejam BEM-VIND@S!!! Em razão da minha cegueira desenvolvi uma metodologia específica de ensino, pautada na oralidade e audiodescrições, na qual utilizo, diversos recursos de mídia para preparar, organizar e ministrar aulas, dentre eles, está este blog, onde irei compartilhar de forma gratuita e acessível conteúdos relacionados a Artes e cultura com você!
terça-feira, 19 de abril de 2016
quinta-feira, 7 de abril de 2016
O que é auto teatral?
Um
auto é um gênero dramático, geralmente com elementos cômicos e moralizadores:
comédia dramática. O Auto da Compadecida, peça teatral de Ariano Suassuna,
é uma das obras deste gênero mais conhecidas no Brasil. Tanto que acabou se
tornando minissérie e filme. Esta peça projetou o autor nordestino pelo Brasil,
e foi até considerado o texto mais popular do moderno teatro brasileiro.
A obra teve seu lançamento no ano de 1955, mas só veio a ser encenada
pela primeira vez em 1956, em Recife, Pernambuco. Trata-se de uma história
vivida no Nordeste Brasileiro,
contendo fortes elementos da tradição e da cultura, além da forte influência da literatura de cordel.
Possui também um enredo todo voltado para a religiosidade católica, e traz
influência do barroco católico brasileiro: mistura tradição religiosa com
cultura popular.
Quanto à linguagem, é fortemente influenciada pelo vocabulário e
linguagem oral da região nordestina, utiliza muitos regionalismos e se ajusta à
linguagem dos personagens segundo sua classe social.
A peça é escrita em pantomima , teatro de rua, e por isso
possui um personagem que é apresentador, ou seja, ele entra na trama para
conversar com o público.
Os protagonistas da história são João Grilo, um homem pobre,
porém muito inteligente, que se aproveita das situações sempre a seu favor e Chicó,
seu melhor amigo, que se caracteriza por ser covarde e mentiroso.
Além destes, há diversos outros personagens, como:
O padeiro, patrão de Chicó, e sua mulher adúltera que se diz santa.
Ambos são muito avarentos.
Padre João, o pároco, que é racista e avarento, o Bispo, também muito
avarento, e o Frade, um homem honesto e de bom coração.
O Sacristão da paróquia, que é desconfiado e conservador.
Severino, o cangaceiro, e sua tropa; e Antonio Morais, o major, que
amedronta a todos com seu poder.
Personagens celestiais: A Compadecida (Nossa Senhora) e Emanuel (Jesus
Cristo).
Encourado, que é a encarnação do Diabo, e Satanás, o servo fiel do
Encourado.
Quanto ao enredo, a história é repleta de peripécias, como o enterro do
cachorro, o instrumento capaz de ressuscitar mortos e o gato que “descome”
dinheiro.
A história é uma sátira aos poderosos, critica a hipocrisia presente na
sociedade através do tipos como o Padre, o Major, o Padeiro, etc. Critica
também o materialismo e a discriminação com os pobres.
Apresenta os valores religiosos e morais, e termina com o julgamento das
personagens perante o acusador (Satanás), a Compadecida (defensora dos mesmos)
e Emanuel (o próprio filho de Deus).
O QUE É NOVELA?
O conceito de novela deriva do italiano novella, que significa “notícia” ou “relato novelesco”. Trata-se de
uma composição literária do gênero do romance, embora mais curta, em que é
narrada uma ação na sua totalidade ou parcialmente, o principal objetivo consiste
em proporcionar prazer estético aos leitores com a descrição de sucedimentos,
de caracteres, de paixões e de costumes. Faz referência aos fatos de maior
relevo da vida real que parecem ficção e mentira. Em
alguns países, inclusive em Portugal e no Brasil a palavra novela é a versão
encurtada da chamada telenovela, uma série de episódios de ficção que pertencem
ao gênero romântico e que são transmitidos pela televisão. Quando transmitidas
pela rádio, recebem o nome de radionovela. A novela literária tem como
principal característica a extensão. De uma forma geral, as novelas têm entre
20.000 e 40.000 palavras. Às narrativas mais curtas são os contos. Ao contrário
do conto, a novela evita longas descrições e dá prioridade à narração, ao
diálogo e ao resumo. Outra diferença entre a novela e o conto é que o relato da
primeira apresenta uma trama mais complicada, com um maior número de
personagens, há um encadeamento de ações individualizadas na novela, a qual tem
por base um conflito e aponta para o desfecho, que se quer evidente e
surpreendente. Existem distintos critérios para classificar as novelas em
diversos grupos. Por exemplo, consoante o tom da obra, a novela pode ser
satírica, humorística, didática, etc. Dependendo da sua forma, pode-se falar em
novelas autobiográficas, epistolares ou dialogadas...
domingo, 20 de março de 2016
A evolução da dança
Os homens primitivos dançavam
por diversos motivos: para tentar impedir que desastres naturais prejudicassem
as atividades cotidianas, para agradecer boas colheitas, e para festejar.
No Egito a dança era ritualística e tinha características sagradas. Dançava-se para os
Deuses, em casamentos e funerais. Para
os gregos a dança originou-se de rituais religiosos, os gregos acreditavam no
seu poder mágico, assim os vários deuses gregos eram cultuados de diferentes
maneiras. As danças preparavam fisicamente os guerreiros e sempre eram feitas
em grupos. A dança era muito difundida na Grécia Antiga, importante no teatro,
a dança se manifestava por meio do coro. Roma: a
dança entra em decadência, pois nunca foi privilegiada e só vai recuperar sua
importância no Renascimento.
No período da Idade Média a dança, como todos
os outros movimentos artísticos, sofreu um retrocesso. A dança, pelo fato de se
utilizar do corpo como expressão, foi considerada profana, porém, continuou
sendo praticada pelos camponeses. No Renascimento a dança ressurge,
é apreciada pela nobreza adquirindo um aspecto social e tornando-se mais
complexa, passa a ter estudos específicos feitos por pessoas e grupos
organizados sendo conhecida como balé. Até essa época a dança era algo
improvisado, só a partir do Renascimento passa de atividade lúdica, de divertimento,
para uma forma mais disciplinada, surgindo repertórios de movimentos
estilizados. O uso do termo balé, na época balleto, significava um conjunto de ritmos e passos. A
moda do balleto na Itália se espalhou também pela França durante o século XVI. O século XVII é considerado o grande século
do balé, saindo dos salões e transferindo-se para os palcos, provocando
mudanças na maneira de se apresentar surgindo, assim, os espetáculos de dança.
A partir do século XVIII o drama-balé-pantomima é
executado nos palcos dos teatros por verdadeiros profissionais de ambos os
sexos. A dança adquire todo o seu esplendor, com ricos e belos cenários e
figurinos. O balé passa a contar uma história com começo, meio e fim.
No Romantismo há a valorização
do
balé que, até aquela época, falava de histórias de fadas, bruxas e feiticeiras.
Procurou recuperar a harmonia entre o homem e o mundo. É nessa época, século
XVIII, que os bailarinos começam a usar sapatilhas, completando a revolução do
balé.
Na
segunda metade do século XIX uma mulher novamente iria revolucionar toda a
dança, era Isadora Duncan, provocando uma imensa renovação com uma dança mais
livre, mais solta, mais ligada à vida real. Dança Moderna: a dança moderna é uma negação da formalidade do
balé. Os bailarinos trabalham mais livres, porém não rompem completamente com a
estrutura do balé clássico. Os movimentos corporais são muito mais explorados,
existe um grande estudo das possibilidades motoras do corpo humano. Solos de
improvisação são bastante frequentes.
Martha
Grahan e Nijinski são os grandes revolucionários da dança dessa época. Serge
Pavlovitch Diaglhilev, ou Nijinski, russo, mesmo não sendo um dançarino, criou
condições míticas para a dança. Marta Grahan nos Estados Unidos na década de
cinquenta criou uma nova maneira de dançar independente da música, baseando-se
principalmente nos sentimentos que qualquer som pode provocar, abrindo espaço
para todas as possibilidades da dança. Dança Contemporânea
A arte
contemporânea é complicada de se compreender. Por quê? É algo que não é
previsível, é o novo, é a ruptura com aquilo que conhecemos como arte. Na
dança, a contemporaneidade fica mais evidente, pois ela deixa de ter uma
estrutura clara, preocupando-se mais com a transmissão de conceitos, ideias e
sentimentos do que com a estética.
A dança
contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou
rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e
experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte,
finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir,
desenvolvendo uma linguagem própria. Os movimentos rompem com os movimentos
clássicos e os movimentos da dança moderna, modifica o espaço, usando não só o
palco como local de referência.
A dança
contemporânea é uma explosão de movimentos e criações, o bailarino escreve no
tempo e no espaço conforme surgem e ressurgem ideias e emoções. Os temas
refletem a sociedade e a cultura nas quais estão inseridos, uma sociedade em
mudança, são diversificados, abertos e pressupõem o diálogo entre o dançarino e
o público numa interação entre sujeitos comunicativos. O corpo é mais livre,
pois é dotado de maior autonomia.
A dança
contemporânea é uma circulação de energia: ora explosiva, ora recolhida. A
respiração, a alternância da tensão e do relaxamento em Martha Graham, o
desequilíbrio e o jogo do corpo com a gravidade em D.Humphrey; E.Decroux faz
trabalhar o diálogo da pele e do espaço retornando às origens do movimento.
A dança
contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de
pessoas podem praticá-la.
domingo, 13 de março de 2016
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