Olá! Sejam BEM-VIND@S!!! Em razão da minha cegueira desenvolvi uma metodologia específica de ensino, pautada na oralidade e audiodescrições, na qual utilizo, diversos recursos de mídia para preparar, organizar e ministrar aulas, dentre eles, está este blog, onde irei compartilhar de forma gratuita e acessível conteúdos relacionados a Artes e cultura com você!
quarta-feira, 27 de abril de 2016
terça-feira, 26 de abril de 2016
Estátuas vivas
As estátuas vivas são performances temáticas em movimentos estáticos, com pausas estratégicas e perfeitas. Surgiram na Grécia e teve seus primeiros personagens saídos do teatro. Na Roma Antiga, para fazer crítica ao governo, artistas usavam mímicas. Na atualidade as estatuas vivas são baseadas na mímica teatral e nas artes plásticas.
Na renascença apareceram representações de grupos em imobilidade querendo mostrar quadros vivos. No final do século XIX, as esposas dos artistas de circo costumavam receber o público também com recriações de esculturas ou pinturas famosas. Nos anos 20 aparecem relatos na dança da quietude física enquanto arte (Olga Desmond) e nos anos 60, Gilbert and George utilizam também as técnicas da estátua viva nas suas performances. Em 1987, António Santos aka Staticman começa as suas criações de estátuas vivas na rua (Rambla, Barcelona) e em 1988 bate o record guinness de imobilidade (15h, 2min, 55 seg), com as suas apresentações pela Europa vai ganhando seguidores e hoje as estátuas vivas são presença em muitas das ruas das cidades deste nosso mundo.
No Brasil, o grupo Vitrine Viva criado e junho de 1988 é um dos incentivadores dos artistas de rua. Nisto inclui os manequins vivos, estátuas e outros. Ao longo do tempo surgiram convites na TV e eventos começaram a aparecer. Hoje é comum vermos estátuas vivas espalhadas por praças, ruas, shoppings, lojas de departamento e espaços não convencionais da cidade.
Marcello Zago que trabalha como estátua viva, diz que é não é fácil a profissão: “Estátua viva é coisa séria. Não é porque ficamos parados que significa que seja fácil”. Ainda afirma que concentração e resistência são fundamentais para esses artistas e que o teatro é essencial para quem quer representar imagens estáticas. Nos palcos se aprende a construir personagens que devem ter roupas, maquiagens e cenários. A preparação de uma apresentação de estátua viva é cara já que as maquiagens são importadas, os artistas usam por baixo da roupa base ou creme hidratante para proteger a pele.
Arte Pública
Definir uma arte que seja pública obriga a considerar as dificuldades que rondam a noção desse conceito. Em sentido literal, seriam as obras que pertencem aos museus e acervos, ou os monumentos nas ruas e praças, que são de acesso livre. Nessa direção, é possível acompanhar a vocação pública da arte desde a Antigüidade, lembrando de obras integradas à cena cotidiana - por exemplo, O Pensador, de Auguste Rodin (1840 - 1917), instalado em frente do Panteão em Paris, 1906 - e de outras mais diretamente envolvidas com o debate político. O projeto de Vladimir Tatlin (1885 - 1953) para um monumento à Terceira Internacional (1920) e o Memorial de Constantin Brancusi (1876 - 1957), 1937-1938, dedicado aos civis romenos que enfrentaram o Exército alemão em 1916, são exemplos disso. O muralismo mexicano de Diego Rivera (1886 - 1957) e David Alfaro Siqueiros (1896 - 1974) pode ser considerado um dos precursores da arte pública em função de seu compromisso político e de seu apelo visual.
O sentido corrente do conceito refere-se à arte realizada fora dos espaços tradicionalmente dedicados a ela, os museus e galerias. Fala-se de uma arte em espaços públicos, ainda que o termo possa designar também interferências artísticas em espaços privados, como hospitais e aeroportos. A idéia geral é de que se trata de arte fisicamente acessível, que modifica a paisagem circundante, de modo permanente ou temporário. O termo entra para o vocabulário da crítica de arte na década 1970, acompanhando de perto as políticas de financiamento criadas para a arte em espaços públicos, como o National Endowment for the Arts (NEA) e o General Services Administration (GSA), nos Estados Unidos, e o Arts Council na Grã-Bretanha. Diversos artistas sublinham o caráter engajado da arte pública, que visaria alterar a paisagem ordinária e, no caso das cidades, interferir na fisionomia urbana, recuperando espaços degradados e promovendo o debate cívico. "O artista público é um cidadão em primeiro lugar", afirma o iraniano Siah Armajani (1939), radicado nos Estados Unidos.
A arte pública deve ser pensada dentro da tendência da arte contemporânea de se voltar para o espaço, seja ele o espaço da galeria, o ambiente natural ou as áreas urbanas. Diante da expansão da obra no espaço, o espectador deixa de ser observador distanciado e torna-se parte integrante do trabalho (nesse sentido, difícil parece algumas vezes localizar os limites entre arte pública e arte ambiental). O contexto artístico que abriga as novas experiências com o espaço refere-se ao desenvolvimento da arte pop, do minimalismo, do pós-minimalismo e da arte conceitual que tomam a cena norte-americana a partir de fins da década de 1960, desdobrando-se em instalações, performances, arte processual, land art, graffiti art etc. Essas novas orientações partilham um espírito comum: são, cada qual a sua maneira, tentativas de dirigir a criação artística às coisas do mundo. As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. -, desafiando as classificações habituais, colocando em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. Interpelam criticamente o mercado e o sistema de validação da arte, denunciando seu caráter elitista.
A land art figura entre os exemplos associados à arte pública. O espaço físico - deserto, lago, canyon, planície e planalto - apresenta-se como campo onde os artistas realizam grandes arquiteturas ambientais como, por exemplo, Double Negative [Duplo Negativo] (1969), de Michael Heizer (1944), Spiral Jetty [Pier ou Cais Espiral] (1971), de Robert Smithson (1938-1973), e The Lightning Field [O Campo dos Raios] (1977), de Walter de Maria (1935). As obras de Alice Aycock (1946), A Simple Network of Underground Wells and Tunnels (1975), e de Mary Miss (1944),Untitled (1973), têm outra escala: são instalações postas no ambiente natural que procuram integração entre os materiais - madeira no caso - e o entorno. As obras de Richard Long (1945) acompanham os passos e o olhar do caminhante (Walking Line in Peru, 1972). Em Christo (1935), por sua vez, novas soluções arquitetônicas são obtidas pelo empacotamento de monumentos célebres, como o da Pont Neuf, em Paris, 1985, ou pela ação sobre a natureza (Valley Curtain, 1972).
O espaço das cidades é explorado pela arte pública de modos distintos. Alguns projetos artístico-arquitetônicos associam-se diretamente aos processos de requalificação do espaço urbano e contam com a participação da população local em sua execução (na Inglaterra, por exemplo, o trabalho de Eileen Adams na Pembroke Street Estate, Plymouth). Outros planos de renovação de centros urbanos se beneficiam de obras de artistas de renome. A encomenda feita a Alexander Calder (1898 - 1976) pelo NEA é uma delas. Se o trabalho de Calder, instalado na região central de Grand Rapids, Michigan, 1969, conhece acolhida imediata da população, outra foi a reação mobilizada pelo Tilted Arc (1981), de Richard Serra (1939) - gigantesca "parede" de aço inclinada que toma conta da Federal Plaza, em Nova York -, retirada do local em 1989, em função dos sucessivos conflitos entre o artista e a opinião pública. Exemplos de projetos e obras que lidam com a cidade como espaço de intervenção podem ser encontrados na escola californiana de Los Angeles - Robert Irwin (1928), James Turrell (1943), Maria Nordman (1939) e Michael Asher (1943) -, que realiza um trabalho sobre as construções urbanas com utilização de fontes luminosas artificiais. A instalação permanente de Daniel Buren (1939) em frente do Palais Royal, em Paris, e a intervenção coletiva no Battery Park City em Manhattan, envolvendo arquitetos e artistas como Armajani e M. Miss, exemplificam outras direções tomadas pela arte pública. Uma alternativa aos financiamentos governamentais é proposta por um grupo de artistas - entre eles Gordon Matta-Clark (1943 - 1978), Richard Landry (1938) e Tina Girouard (1946) - que, em 1971, abrem o restaurante Food, como forma de viabilizar projetos de arte pública (por exemploSplitting, 1974, de Matta-Clark).
No Brasil, é possível pensar em arte pública por meio de iniciativas individuais de artistas. Na década de 1960, as manifestações ambientais de Hélio Oiticica (1937 - 1980), com suas capas, estandartes, tendas, parangolés, uma sala de sinuca (1966) e Tropicália (1967, ambiente labiríntico composto de dois Penetráveis associados a plantas, areia, araras, poemas-objetos, capas de parangolé e um aparelho de televisão) podem ser tomadas como exemplos de produção artística que interpela a cena pública. Na década de 1970, podem ser lembradas as intervenções na cidade realizadas por Antonio Lizarraga (1924) em parceria com Gerty Saruê (1930), cujo primeiro resultado é Alternativa Urbana. A obra, definida pelos autores como peça de "engenharia urbana", é composta de 28 toneladas de vigas prismáticas de cobertura (fabricadas pela Sobraf), pintadas com faixas azuis, pretas, brancas e vermelhas, cortadas por um desenho geométrico. A proposta liga-se à interação do público com a obra e à idéia de que a arte deve ser "utilitária". Este projeto primeiro está na origem de um projeto coletivo, liderado pelo arquiteto Maurício Fridman (1937). A rua Gaspar Lourenço, na vila Mariana, São Paulo, é escolhida como cenário: o beco é pintado de branco com figuras negras representando as fases da evolução humana; a escadaria, também branca, leva uma lista azul e panos coloridos; os muros, recobertos com letras, números, linhas e bolas coloridas que tomam a calçada. A experiência na rua Gaspar Loureiro, aponta Annateresa Fabris, "confirma a vocação urbana do trabalho de Lizarraga".
Referência. http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo356/arte-publica
terça-feira, 19 de abril de 2016
quinta-feira, 7 de abril de 2016
O que é auto teatral?
Um
auto é um gênero dramático, geralmente com elementos cômicos e moralizadores:
comédia dramática. O Auto da Compadecida, peça teatral de Ariano Suassuna,
é uma das obras deste gênero mais conhecidas no Brasil. Tanto que acabou se
tornando minissérie e filme. Esta peça projetou o autor nordestino pelo Brasil,
e foi até considerado o texto mais popular do moderno teatro brasileiro.
A obra teve seu lançamento no ano de 1955, mas só veio a ser encenada
pela primeira vez em 1956, em Recife, Pernambuco. Trata-se de uma história
vivida no Nordeste Brasileiro,
contendo fortes elementos da tradição e da cultura, além da forte influência da literatura de cordel.
Possui também um enredo todo voltado para a religiosidade católica, e traz
influência do barroco católico brasileiro: mistura tradição religiosa com
cultura popular.
Quanto à linguagem, é fortemente influenciada pelo vocabulário e
linguagem oral da região nordestina, utiliza muitos regionalismos e se ajusta à
linguagem dos personagens segundo sua classe social.
A peça é escrita em pantomima , teatro de rua, e por isso
possui um personagem que é apresentador, ou seja, ele entra na trama para
conversar com o público.
Os protagonistas da história são João Grilo, um homem pobre,
porém muito inteligente, que se aproveita das situações sempre a seu favor e Chicó,
seu melhor amigo, que se caracteriza por ser covarde e mentiroso.
Além destes, há diversos outros personagens, como:
O padeiro, patrão de Chicó, e sua mulher adúltera que se diz santa.
Ambos são muito avarentos.
Padre João, o pároco, que é racista e avarento, o Bispo, também muito
avarento, e o Frade, um homem honesto e de bom coração.
O Sacristão da paróquia, que é desconfiado e conservador.
Severino, o cangaceiro, e sua tropa; e Antonio Morais, o major, que
amedronta a todos com seu poder.
Personagens celestiais: A Compadecida (Nossa Senhora) e Emanuel (Jesus
Cristo).
Encourado, que é a encarnação do Diabo, e Satanás, o servo fiel do
Encourado.
Quanto ao enredo, a história é repleta de peripécias, como o enterro do
cachorro, o instrumento capaz de ressuscitar mortos e o gato que “descome”
dinheiro.
A história é uma sátira aos poderosos, critica a hipocrisia presente na
sociedade através do tipos como o Padre, o Major, o Padeiro, etc. Critica
também o materialismo e a discriminação com os pobres.
Apresenta os valores religiosos e morais, e termina com o julgamento das
personagens perante o acusador (Satanás), a Compadecida (defensora dos mesmos)
e Emanuel (o próprio filho de Deus).
O QUE É NOVELA?
O conceito de novela deriva do italiano novella, que significa “notícia” ou “relato novelesco”. Trata-se de
uma composição literária do gênero do romance, embora mais curta, em que é
narrada uma ação na sua totalidade ou parcialmente, o principal objetivo consiste
em proporcionar prazer estético aos leitores com a descrição de sucedimentos,
de caracteres, de paixões e de costumes. Faz referência aos fatos de maior
relevo da vida real que parecem ficção e mentira. Em
alguns países, inclusive em Portugal e no Brasil a palavra novela é a versão
encurtada da chamada telenovela, uma série de episódios de ficção que pertencem
ao gênero romântico e que são transmitidos pela televisão. Quando transmitidas
pela rádio, recebem o nome de radionovela. A novela literária tem como
principal característica a extensão. De uma forma geral, as novelas têm entre
20.000 e 40.000 palavras. Às narrativas mais curtas são os contos. Ao contrário
do conto, a novela evita longas descrições e dá prioridade à narração, ao
diálogo e ao resumo. Outra diferença entre a novela e o conto é que o relato da
primeira apresenta uma trama mais complicada, com um maior número de
personagens, há um encadeamento de ações individualizadas na novela, a qual tem
por base um conflito e aponta para o desfecho, que se quer evidente e
surpreendente. Existem distintos critérios para classificar as novelas em
diversos grupos. Por exemplo, consoante o tom da obra, a novela pode ser
satírica, humorística, didática, etc. Dependendo da sua forma, pode-se falar em
novelas autobiográficas, epistolares ou dialogadas...
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