ZENEIDE PEREIRA CORDEIRO
Graduada em
Educação Artística – UFMA.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi
elaborado com o objetivo de propor reflexões sobre a arte, a história e as
condições de sobrevivência, luta e permanência do negro no Brasil, e como seu
estudo é abordado nas escolas públicas, privadas e comunitárias em São Luís -
MA.
A pesquisadora buscou
respaldo teórico no conceito de improvisação teatral da autora, Viola Spolin
que trata a improvisação como:
Técnica do autor
que interpreta algo imprevisto, não preparado antecipadamente e inventado no
calor da ação, sem que seja necessário um enredo ou história, todas as pessoas
são capazes de improvisar, as pessoas que desejarem são capazes de jogar e
aprender a ter valor no palco, aprendemos através da experiência, e ninguém
ensina nada a ninguém. (SPOLIN, 1992. P. 4).
O poema do autor Castro
Alves “A canção do africano” escrito em 1863, porém altamente atual, aborda
como tema o africano exilado de sua terra, oprimido em terras estranhas, há a
contradição da África da liberdade e a África da escravidão, como forma do
negro escravizado não perder sua identidade para ele próprio entoa cantigas de
sua terra natal.
A autora Fabiana de
Oliveira em seu livro “Trabalhando a diferença na educação infantil” em que
discute questões das diferenças étnica- raciais e a invisibilidade do negro na
educação básica. A autora destaca que: “A diferença é o motor da ação
pedagógica e educativa, ou seja, as diferenças são o ponto de partida e de
chegada no fazer educação. (OLIVEIRA, 2008, p. 10). Neste sentido surge a Lei
10.639, de 09 de janeiro de 2003, que altera a Lei 9. 394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação nacional, para incluir
no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História
e Cultura Afro-Brasileira” e dá outras providências (acrescenta os artigos 26-
A, 79, A, 79, B).
ROTEIRO
DA APRESENTAÇÃO
TEXTO: (Poema) “A
Canção do Africano” do autor Castro Alves
LOCAL: Sala de aula
(disciplina Arte).
INTERPRETE: Zeneide
Pereira Cordeiro
FIGURINO: Roupas de
algodão cru envelhecido que lembre as roupas das negras escravizadas, pedaços
de pano.
CENÁRIO: Sala de aula
com elementos que represente uma senzala.
RECURSOS: Roupas de
algodão cru envelhecidas, fogareiro, pedaços de tecido velho, bacia de alumínio
ou plástico, uma boneca de pano ou outro material qualquer para representar uma
criança negra.
DESCRIÇÃO
DA APRESENTAÇÃO
O primeiro momento da apresentação
será a recitação do poema, através da leitura dramática; “A canção do Africano”
do autor Castro Alves, acompanhado de elementos simbólicos como o som de
instrumentos musicais e fotos para representar cada estrofe com o objetivo de
criar vida, movimento e êxtase na cena.
Em seguida, relacionar
com a realidade da sociedade atual, sobre as questões étnicas, levantando
questionamentos e debates como: O que é ser afro-descedente? O que é ser negro-
brasileiro? Racismo, Preconceito e Exclusão as maiores vítimas são? O estudo e
a valorização da cultura-afro, e a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que
altera a Lei: 9. 394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece o estudo da
história e cultura Africana nas escolas públicas estaduais e municipais no Brasil.
A terceira parte será a
finalização da apresentação e o principal objetivo é que a plateia compreenda o
tema e as questões abordadas durante a apresentação.
“A
CANÇÃO DO AFRICANO”
Escrito em 1863, por Castro Alves, o poema A
canção do africano narra à história de escravos que estão longe de sua terra e
vem parar em terras diferentes do seu local de origem como o Brasil. O poema é
composto de nove estrofes, sendo que a primeira e a segunda possuem seis
versos, e no final, da sétima estrofe até a nona, contem o mesmo seis versos,
separando apenas na metade que contem quatro versos (quartetos). O poema mostra
a relação/diferença entre a África e a América no qual impera a pratica da
escravidão.
Nas
estrofes, o poeta, faz questão de dar voz ao escravo, sempre exaltando o local
onde está e a saudade que sente de sua terra, sua cultura. Na primeira estrofe,
fala da senzala e da saudade que sente do seu local de origem. A escrava cuida
do seu filho, fala da sua cultura, de suas danças, da saudade de tudo que o
fazia bem.
REFERÊNCIAS
http://www.jornaldepoesia.jor.br/calves08.html.
ALVES, Castro: A canção do africano, (poema).
BRASIL, Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), 2ª Ed. Rio de. Janeiro:
Lamparina, 2010.
OLIVEIRA, Fabiana:
Trabalhando a diferença na educação infantil, São Paulo: Moderna, 2006.
SPOLIN, Viola: Improvisação
para o teatro, São Paulo: Perspectiva
2005, 4ª Ed.
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