Comidas tipicas do MA. |
Olá! Sejam BEM-VIND@S!!! Em razão da minha cegueira desenvolvi uma metodologia específica de ensino, pautada na oralidade e audiodescrições, na qual utilizo, diversos recursos de mídia para preparar, organizar e ministrar aulas, dentre eles, está este blog, onde irei compartilhar de forma gratuita e acessível conteúdos relacionados a Artes e cultura com você!
sábado, 20 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
O QUE É ARTE?
O QUE É ARTE?
Desde o tempo pré-histórico
o ser humano constrói no mundo as suas próprias coisas. O conjunto de coisas
produzidas pelo homem, que revelam capricho, tempo, dedicação, sensibilidade,
trabalho e estudo realizadas ao longo do tempo é o que chamamos de arte! Então
isto é arte? (Figuras abaixo).
Tambor de crioula no MA. |
Espetáculo de Dança. |
Música clássica brasileira. |
Produção de cerâmica maranhense. |
Escultor popular - MA. |
Caipira picando fumo, 1893, Pinacoteca do Estado de SP.
|
A arte pode se manifestar
através da simbologia dos objetos e esculturas, pinturas, fotografias, cinema,
literatura, através de uma performance artística, através da música, através
dos sinais e de muitas outras maneiras. O que vai julgar o que é ou não arte é
você, o apreciador da obra.
Professora:
Zeneide Cordeiro.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
TRAÇOS CULTURAIS SÃO MARCAS ÉTNICAS?
Zeneide Cordeiro - UFMA
Arte-educadora.
Os traços culturais são um conjunto de traços distintivos,
espirituais e materiais, intelectuais, artísticos e afetivos que caracterizam
uma comunidade ou grupo social, esse conjunto abrange o modo de vida dos
membros dessa sociedade, os sistemas de valores, as crenças e as tradições.
Traços culturais são adquiridos e não se limitam a grupos raciais, étnicos,
como se cada uma dessas categorias compartilhassem, necessariamente, a mesma
cultura. Os modos de sentir e agir, que se expressam em normas de
comportamento, instituições, objetos artísticos e saberes transmitidos
constituem o acumulo de conhecimentos culturais, da mesma maneira que é a
cultura, os traços culturais de um indivíduo são dinâmicos e se transformam em
contato com outra cultura. As marcas étnicas representam a consciência e a
diferença de um grupo de pessoas em relação a outros grupos. Esta diferenciação
ocorre em função de aspectos sociais, históricos, culturais, linguísticos,
raciais, artísticos e religiosos. Traços étnicos não são fixos, mudam com o
tempo, o aumento populacional e o contato com outros povos, devido à
miscigenação cultural. Toda etnia se identifica com um grupo distinto,
considerando-se diferente de outros grupos, e baseia sua identidade em
religião, arte e rituais específicos. Diferenças
antropológicas e geográficas antropologia é a ciência que estuda o homem como
ser biológico, social e cultural. O conhecimento na antropologia é organizado
de acordo com os aspectos que serão estudados, como; antropologia física ou
biológica, antropologia social, antropologia cultural e arqueologia. Os termos:
antropologia, etnografia e etnologia, são usados para distinguir diferentes
níveis de análises acadêmicas. Esta ciência é compreendida como uma forma de
conhecimento sobre a diversidade cultural. A Geografia é uma ciência que estuda o espaço, físico, biológico e
humano, e a relação entre esses aspectos no planeta terra. A Geografia é
uma ciência que permite ao homem compreender o planeta em que vive. Para isso,
esta ciência dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos. A estatística
é muito usada na área da pesquisa populacional. Os satélites são fundamentais na
elaboração de mapas, além de fornecerem dados importantes para a verificação de
mudança na vegetação do planeta. Geografia é a ciência que estuda as relações
entre a sociedade e a natureza, a forma como a sociedade organiza o espaço
terrestre, com o objetivo de explorar melhor os recursos naturais. No processo
de produção e reprodução do espaço cada formação econômico-social procura
organizar o espaço de acordo com os interesses do grupo dominante e de acordo
com as suas disponibilidades de técnica e de capital.
DOMINANTES E
DOMINADOS.
A sociedade é divida entre dominantes e dominados como
resultado de um processo histórico de lutas, fundamentado no desejo de poder e
prestigio de uma parte da população. Os dominantes é uma minoria de pessoas que
concentram grande quantidade de bens materiais. Os dominados possuem o mínimo
para sobreviverem, entre estes dois grupos existe um grupo denominado de classe
média, não é uma classe fundamental, porque não determina a natureza e nem os
valores de uma sociedade capitalista. Sobrevivência todas as sociedades humanas
se desenvolveram e sobreviveram ao longo do tempo devido às formas adequadas de
organização especificas, criaram leis e conceitos morais e sociais. Na
atualidade a sobrevivência está diretamente relacionada com a economia e na
obediência de leis formais, estabelecidas previamente. A sobrevivência de cada
pessoa está em constante luta, não apenas para sobreviver, mas, para uma
qualidade de existência.
O SAGRADO E SEUS SÍMBOLOS: KUARUAP
O kuarup é uma homenagem aos mortos realizado pela maior parte dos grupos indígenas que vivem no Parque Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso.
A origem do kuarup está relacionada com a forma como os indígenas daquela região acreditam que a humanidade tenha sido criada. Este ritual integra indígenas de diferentes aldeias e é composto de várias atividades, como danças, orações e lutas. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo e primeiro homem do mundo da sua mitologia.
Nessa atividade os indígenas, fazem pratos especiais, pintam o corpo e tocam músicas com instrumentos como as uruás: longas flautas feitas de bambu, para simbolizar e manifestar suas crenças.
Membros da etnia Kalapalo, tocando Uruás durante o kuarup. Parque Indígena do Xingu. (MT), 2011. |
domingo, 2 de agosto de 2015
ARTE PALEOLÍTICA
Zeneide P. Cordeiro
Especialista em Gestão e Docência.
Graduada em Educação Artística – habilitação em Artes
Plásticas – UFMA.
A arte representativa; pintura e escultura aparecem pela primeira vez no Paleolítico Superior, há cerca de 30.000 anos, o aspecto mais fascinante desta arte é que ela nos dá a oportunidade de ver o mundo de há milhares de anos através dos olhos das pessoas que viveram naquela época.
O conceito de arte variou enormemente no mundo moderno, as antigas representações artísticas dizem muito sobre o desenvolvimento das capacidades humanas. A arte paleolítica serve para explicar a capacidade do homem/artista para o detalhe das formas presentes na natureza e o uso que faz do simbolismo, mostra suas crenças e valores, e sobre os temas que escolhia para pintar, entre todos os que tinham à sua disposição. As imagens mais antigas que se conhece são as que se vê nos níveis aurinhacienses de La Ferrassie, as representações de animais e de símbolos, incluindo os órgãos genitais femininos, são gravadas ou pintadas sobre placas planas de pedra calcária. No aurinhacienses, e ainda mais no gravetiense, há muitos exemplares da chamada arte mobiliária: peças móveis, principalmente estatuetas. Em Pavlov, na República Tcheca, tinham sido modeladas em argila e depois cozidas. A maior parte das figuras femininas era gravada em marfim ou osso, em uma variedade de proporções, normalmente com seios e nádegas exageradas. Sugeriu-se que essas estatuetas de Vênus se vinculavam a ritos de fertilidade, mas isso não passa de uma especulação, ainda que os ritos de fertilidade tenham sido importantes em muitas sociedades mais recentes. Nos desenhos das cavernas, foram usadas diferentes técnicas. Às vezes, como em Les Combarelles, as técnicas são formadas por linhas gravadas que originalmente podem ter sido preenchidas com cores, outras são pinturas como em Lascaux, na França, e Altamira, na Espanha, com desenhos contornados de preto e preenchidos com cores, na maioria vermelho e amarelo. Com frequência, os artistas do paleolítico fizeram várias vezes, pinturas ou gravuras em cima uma de outra, sem que tivesse uma relação com a anterior. Os animais são o tema principal, especialmente grandes animais de caça: mamutes e bisões. As renas são menos frequentes, embora fossem muito caçadas. Às vezes há uma variedade maior, incluindo carnívoros como o leão e o lobo. Além de animais, também se encontram algumas formas abstratas, figuras geométricas. As figuras humanas são representadas em poucas ocasiões e quase todas são femininas. Não há certeza sobre o que se deve isso, mais alguns pesquisadores afirmam quando falam da arte pré-história que a representação da figura humana podia trazer má sorte.
O esboço de todas as figuras feitas nas cavernas no período do paleolítico superior era feito com um risco gravado, que depois era acentuado com pigmento negro. Em alguns casos, a figura toda é pintada de preto, como se fosse uma silhueta, mas normalmente apenas o estão os cascos ou úngulas, além do perfil. O corpo do animal era colorido com ocre vermelho. Onde as ondulações da rocha o permitiam, às vezes o artista fazia o desenho de tal maneira que a forma da rocha acentuava a figura. Se havia alguma dúvida sobre a autenticidade da pintura, esta se dissipava facilmente pela camada de estalagmite transparente que se havia formado sobre ela, depositada pelo gotejar de água durante de milhares de anos. Os dois principais pigmentos eram extraídos de rochas moída, insolúvel na água e sem nenhum material orgânico. O pó negro consistia principalmente em óxido de manganês, e o ocre vermelho, em óxido de ferro, possivelmente se utilizava gordura para aplica-lo, em alguns lugares se utilizavam materiais orgânicos como o carvão.
Muitas das pinturas do paleolítico superior tratam com frequência de magia. A representação de animais dentro das cavernas talvez consideradas como lugares especiais os ajudaria a caçá-los. A maioria dessas pinturas refere-se a mitos que tivessem importância especial para as pessoas envolvidas. Ainda que suponhamos que alguma dessas ideias seja correta, não há nenhuma garantia de que uma explicação válida para um lugar o seja para outro.
REFERÊNCIAS
GOWLETT, John. Arqueologia das primeiras culturas: a alvorada da humanidade. Roxby Archaeology Ltd. Barcelona. 2007, Ediciones Folio, S.A.
JANSON, H. W. JANSON, Anthony. Iniciação a história da arte. São Paulo. Martins Fontes, 2009.
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