sábado, 27 de julho de 2019

Vanguardas artísticas


As vanguardas foram movimentos culturais que surgiram na Europa no início do século XX, dando início a uma série de rupturas estéticas nas artes. Surgiram diversas tendências principalmente, manifestos que mostravam o contraste social da época, de um lado estavam os burgueses, capitalistas que desejavam o avanço da industrialização e, do outro lado o proletariado, ou seja, o trabalhador das fábricas, trabalhadores pobres e desempregados. Os principais movimentos foram: fauvismo, futurismo, expressionismo, cubismo, dadaísmo e surrealismo. São chamados de vanguardas europeias, por se tratarem de movimentos pioneiros da arte e por terem se originado na Europa.

O contexto histórico no qual surgiram as vanguardas artísticas

Nesse período, a Europa vivenciava o progresso industrial, os avanços tecnológicos, descobertas científicas e médicas como: a eletricidade, o telefone, o rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo e o aumento da produção de enlatados, calçados, roupas, etc., em massa. Esses avanços provocaram uma maior competitividade entre os mercados financeiro, isto é, fornecedores e compradores, provocaram conflitos étnicos regionais e disputas territoriais de tal modo que ocasionou a I Guerra Mundial.

Enquanto a Europa se industrializava, o Brasil passou de escravocrata para mão-de-obra-livre e da monarquia para a república.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Arte Moderna


Texto adaptado do artigo Arte Moderna publicado no site: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

O período comumente apresentado por estudiosos da história da arte como o início da arte moderna é o século XIX na França.

Nessa época, a experiência urbana ligada à multidão, ao anonimato, ao contingente e ao transitório é enfatizada pelo poeta e crítico francês Charles Baudelaire (1821-1867) como o núcleo da vida e da arte modernas.

O moderno não se define pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna, mas por uma nova atitude e consciência da modernidade, declara Baudelaire, em 1863, ao comentar a pintura de Constantin Guys (1802-1892). A modernização de Paris - traduzida nas reformas urbanas implementadas por Haussmann, entre 1853 e 1870 - relaciona-se diretamente à sociedade burguesa que se define ao longo das revoluções de 1830 e 1848.

A ascensão da burguesia traz consigo a indústria moderna, o mercado mundial e o livre comércio, impulsionados pela Revolução Industrial. A industrialização em curso e as novas tecnologias colocam em crise o artesanato, fazendo do artista um intelectual apartado da produção. "Com a industrialização, esse sistema entra em crise", afirma o historiador italiano Giulio Carlo Argan, "e a arte moderna é a própria história dessa crise".

O trajeto da arte moderna no século XIX acompanha a curva definida pelo romantismo, realismo e impressionismo. Os românticos assumem uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos temas oficiais impostos pelas academias de arte, produzindo pinturas históricas sobre temas da vida moderna.

A Liberdade Guiando o Povo (1831), de Eugène Delacroix (1798-1863), trata da história contemporânea em termos modernos. O tom realista é obtido pela caracterização individualizada das figuras do povo. O emprego livre de cores vivas, as pinceladas expressivas e o novo emprego da luz, por sua vez, recusam as normas da arte acadêmica. O realismo de Gustave Courbet (1819-1877) exemplifica, um pouco mais tarde, outra direção tomada pela representação do povo e do cotidiano. As três telas do pintor expostas no Salão de 1850, Enterro em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras, marcam o compromisso de Courbet com o programa realista, pensado como forma de superação das tradições clássica e romântica, assim como dos temas históricos, mitológicos e religiosos.

O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura, verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832-1883). Segundo o crítico norte-americano Clement Greenberg, "as telas de Manet tornaram-se as primeiras pinturas modernistas em virtude da franqueza com a qual elas declaravam as superfícies planas sob as quais eram pintadas". As pinturas de Manet, na década de 1860, lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de modernidade e aos tipos da Paris moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso, obras como Dejeuner sur L´Herbe (1863) desconcertam não apenas pelo tema (uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela composição formal: as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a função de destacar ou modelar as figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto. As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917), Camille Pissarro (1831-1903), Paul Cézanne (1839-1906), entre muitos outros.

A preferência pelo registro da experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e justapostas, o aproveitamento máximo da luminosidade e uso de cores complementares favorecidos pela pintura ao ar livre constituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla explorada em distintas dicções. Um diálogo crítico com o impressionismo estabelece-se, na França, com o fauvismo de André Derain (1880-1954) e Henri Matisse (1869-1954); e, na Alemanha, com o expressionismo de Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Emil Nolde (1867-1956) e Ernst Barlach (1870-1938).

O termo arte moderna engloba as vanguardas européias do início do século XX - cubismo, construtivismo, surrealismo, dadaísmo, suprematismo, neoplasticismo, futurismo etc. - do mesmo modo que acompanha o deslocamento do eixo da produção artística de Paris para Nova York, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o expressionismo abstrato de Arshile Gorky (1904-1948) e Jackson Pollock (1912-1956). Na Europa da década de 1950, as reverberações dessa produção norte-americana se fazem notar nas diversas experiências do tachismo. As produções artísticas das décadas de 1960 e 1970, segundo grande parcela da crítica, obrigam a fixação de novos parâmetros analíticos, distantes do vocabulário e pauta modernistas, o que talvez indique um limite entre o moderno e o contemporâneo. No Brasil, a arte moderna - modernista - tem como marco simbólico a produção realizada sob a égide da Semana de Arte Moderna de 1922. Já existe na crítica de arte brasileira uma considerável produção que discute a pertinência da Semana de Arte Moderna de 1922 como divisor de águas.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Elementos da música


A música tem três elementos básicos que são: melodia que é uma sucessão de sons combinados. Ritmo é a duração e a acentuação dos sons e das pausas. Harmonia é a combinação dos sons simultâneos.

Existem três propriedades do som que são: altura que é a propriedade do som ser alto, médio ou grave. Intensidade é a propriedade do som ser forte ou fraco. Timbre é a qualidade do som que nos permite reconhecer sua origem. Por exemplo: Imagine que você está chegando em casa e seu vizinho está tocando violão. Você não o vê, mas pelo Timbre reconhece que ele está tocando violão.

As notas musicais são: dó, re, mi, fa, sol la, si. Existe uma distância entre cada nota que é medida fisicamente na unidade de medida hertz, porque, as notas são criadas através de vibrações. O menor espaço entre uma nota e outra é definida em meio-tom ou semi-tom. Por exemplo, no violão cada casa do braço do instrumento equivale a caminhar meio tom e no piano a distância percorrida entre uma nota branca e uma preta ou duas notas brancas, temos um semi-tom entre estas teclas. O tom é a distância de uma nota até outra. Chamamos a distância de uma nota até outra de intervalo musical.

O cientista e pesquisador Leonardo Da Vinci


Leonardo Da Vinci deixou um grande legado para a humanidade na área das artes e na ciência. Estudou anatomia entre 1485 e 1515, seus primeiros estudos foram sobre ossos, músculos e nervos, realizados em Milão, e seus últimos estudos sobre o feto humano, realizados em Roma.

Em visita a Cloux, em 10 de outubro de 1517, onde Leonardo vivia a convite de Francisco I. Leonardo disse então a Beatis que havia feito a anatomia de mais de trinta corpos entre homens e mulheres de todas as idades.

Após a morte de Leonardo, ocorrida em 1519, seu aluno Francesco Melzi levou seus manuscritos de volta para a Itália e compilou o Livro de pintura, que circulou sob a forma de cópias manuscritas.

Por volta de 1590, o escultor Pompeo Leoni adquiriu diversos manuscritos e fólios soltos. Da coleção pertencente a Leoni, ainda existem diversos manuscritos inteiros, talvez como estavam na época de Leonardo. Leoni também desmontou manuscritos, organizando dois grandes volumes. O primeiro intitula-se Disegni di machine et delle altre secreti et altre cose di Leonardo da Vinci raccolti da Pompeo Leoni. Esse é o conhecido Codice Atlantico, pertencente à Biblioteca Ambrosiana de Milão, e contém principalmente estudos de máquinas

O segundo tem por título Disegni di Leonardo da Vinci restaurati da Pompeo Leoni. Esse volume chegou à Inglaterra no século XVII, possivelmente através de Thomas Howard, conde de Arundel, que desde então pertence à família real inglesa, estando depositado na biblioteca do Castelo de Windsor. Esse volume contém a principal coleção de desenhos de Leonardo da Vinci, incluindo praticamente todos os estudos de anatomia.

Há o Livro de pintura, publicado em Paris em 1751 e conhecido desde então como Tratado da pintura, os textos de Leonardo da Vinci. Existem muitas outras obras sobre o trabalho de Leonardo sobre estudos de química para que pudesse criar novos tons e tipos de tintas. Estudou física para entender sobre o reflexo da luz. Estudou matemática para aperfeiçoar seus desenhos e invenções.

Para Da Vince estudar ciência era estudar arte, matemática, engenharia, botânica, física, química e anatomia ajudariam a produzir uma arte mais realista.

Da Vince era ambidestro, escrevia suas anotações da direita para a esquerda e também, da forma convencional.
Estudos cabeça de um soldado de Leonardo da Vince 

Anatomia do feto de Leonardo da Vince

Estudos do crânio de Leonardo da Vince

Projeto de uma máquina voadora de Leonardo da Vince


Estudos de anatômico do ombro de Leonardo da Vince

Estudos de ótica de Leonardo da Vince

Estudos de anatomia de Leonardo da Vince

Estudos de embriologia de Leonardo da Vince

Estudos sobre botânica de Leonardo Da Vince

Arte e ciência


Desde o surgimento da filosofia na Grécia, por volta do século VI a.C, época em que o mundo ocidental passou a distinguir a razão do misticismo, ao século XIX, com o surgimento do positivismo, os conhecimentos científicos e artísticos sempre estiveram diretamente relacionados.

É no século XVIII que a relação entre arte e ciência alcançam seu ápice, motivados pelos ideais do iluminismo que pregava uma cultura laica, enciclopédica e universal. Entretanto, no século XIX há um declínio nesse pensamento. Com o surgimento do romantismo que propunha uma arte liberta de regras e que arte não pode ser ensinada.

O romantismo inaugura um período de oposição as academias, que é intensificado pelas vanguardas, que rejeitam a função e os métodos acadêmicos.

No século XX, surgem novos meios de produção e distribuição de arte, as academias de arte são cada vez mais condenadas a uma mediocridade. Com o aumento de museus, salões e galerias, a arte assume um papel mercadológico e democrático, em que o valor artístico é estabelecido pela bolsa de valores. Nesse processo, a mídia assume um papel primordial.

Com a democratização da arte, muitas pessoas produzem arte de modo autodidata ou procuram ateliês para desenvolver seu “dom” ou buscam produzir arte como arteterapia.

Atualmente, fala-se em crise da arte contemporânea, constantemente, chamam-se de arte o produto de atividades artesanais, manifestações midiáticas, expressões culturais e produtos industriais. Há uma mistura, interpretação e recodificação do que se entende por arte.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

O SURGIMENTO DA ÓPERA

A Ópera passou por diversas reformas com intuitos distintos em relação à forma, à temática e à construção melódica. Essas reformas interferiram na encenação e influenciaram o teatro.
A ópera surgiu na transição do século XVI para o XVII, em um colegiado de nobres de Florença conhecido como Camerata Fiorentina, destinada ao estudo da cultura clássica, a Camerata era composta por músicos amadores, todos, membros da aristocracia italiana. Esses nobres se dedicavam ao estudo da cultura clássica, em especial do teatro grego, no qual se inspiraram para inaugurar um novo gênero: o drama musical. Abandonando a estética musical vigente, os florentinos buscavam a fidelidade à palavra recitada, capaz de captar o ouvinte através da expressão objetiva do potencial melódico da fala do orador. Com isso, desenvolveram uma nova maneira de escrever música para voz: o estilo Recitativo, um intermediário entre a recitação falada e a canção. Com base nessa nova música, os florentinos compuseram duas obras dramático-musicais, Dafne (Peri, 1597) e L’Euridice (Rinuccini e Peri, 1600), ambas com enredo baseado em passagens da mitologia clássica, como seria costume até o início do século XVIII. No entanto, foi só dez anos mais tarde, que surgiu a obra que até hoje é considerada o marco inicial da escrita da ópera: L’Orfeo, de Claudio Monteverdi. Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (1567-1643) foi um dos mais importantes compositores do período renascentista e do Barroco, devido à versatilidade das suas composições, que alternam o estilo renascentista e as técnicas que surgiam no início do século XVII. Monteverdi elevou a ópera a um gênero de suma importância na história da música, rompendo com os maneirismos da Camerata Fiorentina. Os nobres músicos florentinos acreditavam que a palavra por si só era capaz de transmitir emoções aos ouvintes. Portanto, compunham de modo a deixar o texto perfeitamente compreensível, utilizando alguns efeitos; como variação de altura, timbre, andamento, apenas para ressaltar a sua expressividade natural, que deveria sempre estar submetido à prosódia da fala do orador, o cantor.
Monteverdi acreditava no poder do texto combinado com a música, esta liberta das restrições prosódicas impostas pela palavra. Para isso, conferiu dramaticidade à estrutura da ópera, cuja música não se submeteria ao texto, mas o reforçaria, fazendo com que a emoção humana pudesse ser percebida no todo artístico, e não apenas nas palavras recitadas. Em busca disso, tornou os trechos cantados em recitativo mais amplos e contínuos, através de uma cuidadosa organização tonal e um alto grau de lirismo nos momentos-chave. Deu maior continuidade e coerência à ação, tornando-a mais unificada, inter-relacionando drama e música. L'Orfeo pode ser considerado a primeira ópera que foi além da poesia lírica musicada, fruto da combinação da tradição (estilo renascentista) com a música moderna (estilo barroco), enriquecida pelos conhecimentos musicais e a imaginação criativa de Claudio Monteverdi. Por conta da sua relevância, a obra é considerada o marco inaugural do período Barroco e a peça que encerra o Renascimento musical.

REFERÊNCIA:
http://www.lpm.com.br/livros/Imagens/guia_da_opera.pdf. Acesso: 03/02/2017. 14h.
http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF17/M_Coelho_17.pdf. 03/02/2017. 16h.

Teatro de luz e sombra


















Monólogo dramático