terça-feira, 20 de agosto de 2019

EXPRESSIONISMO - PINTURA


O expressionismo na pintura busca representar à expressão do irracional, dos impulsos e das paixões individuais, nas suas obras não há preocupação em relação à objetividade, mas, sim a reflexão individual e subjetiva dos artistas. Há um distanciamento da figuratividade, o uso de traços e cores fortes, a imitação das artes primitivas, etc.

No Brasil o expressionismo influenciou e impulsionou o movimento modernista através do desejo intenso de pesquisar e representar nossa vida social, cultural e espiritual. Principais artistas brasileiros que apresentam características expressionistas em suas criações são:

Anita Malfatti: Sua arte era livre das limitações impostas pelo academicismo.

Cândido Portinari: Expressava através de suas obras o papel que os artistas da época se propunham: denunciar as desigualdades da sociedade brasileira e as consequências desse desequilíbrio

Osvaldo Goeldi: Autor de diversas gravuras. Dedicou-se a xilogravura gravura em madeira.

Fonte de pesquisa

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Georges Braque

Georges Braque teve grande influência na arte moderna mundial, pois ele juntamente com Pablo Picasso fundou um dos movimentos artísticos mais importantes de todos que foi o Cubismo. Nascido no ano de 1882 numa cidade da França chamada Argenteuil que hoje faz parte da Grande Paris, Georges Braque foi um pintor e escultor reconhecido internacionalmente por suas lindíssimas obras.
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Georges Braque

As primeiras inspirações que fizeram de Georges se tornar um pintor, vieram quando trabalhava na empresa de seu pai que atuava no ramo de pinturas decorativas. Após ter passado grande parte de sua adolescência na cidade de Le Havre, ele se mudou para Paris para se aperfeiçoar na arte, e lá participou de sua primeira exposição que aconteceu no ano de 1906 no Salão dos Independentes, suas obras naquele tempo eram mais voltadas para o fauvismo, utilizando cores puras e formas simples em seus quadros.
Georges conheceu Picasso no ano de 1907 e tiveram uma grande amizade que durou até 1914, devido à Grande Guerra se afastaram, Georges foi ferido durante a guerra e ficou longe da pintura por aproximadamente dois anos, quando voltou e se focalizou em pintar quadros de pinturas figurativas e natureza-morta.
Selecionamos algumas obras de arte de Georges, das quais fazem parte da história da arte moderna até hoje, veja:
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Violin and Pitcher – Georges Braque
Texto extraído do site: https://pinturasemtela.com.br/georges-braque-o-criador-do-cubismo/. Em 13.08.2019

Maurice de Vlaminck


Maurice de Vlaminck foi um pintor francês. Ao lado de André Derain eHenri Matisse, é considerado um dos principais nomes do movimento fauvista, um grupo deartistas modernos que estiveram unidos, de 1904a 1908, no uso de cores intensas em suas obras.
Maurice de Vlaminck nasceu em Paris, em uma família de músicos. Seu pai lhe ensinou a tocar violino. Ele começou a pintar quando já era quase um adulto. Em 1893, ele estudou com o pintor Henri Rigalon na Ile de Chatou. Casou-se pela primeira vez em 1894. A grande sorte em sua vida foi ter encontrado André Derain em um trem para Paris quase no final de seu serviço no exército. Vlaminck, com 23 anos na ocasião, desenvolveu uma forte amizade com Derain. QuandoVlaminck completou seu serviço militar em 1900, os dois alugaram um estúdio. Vlaminck pintava durante o dia e ganhava a vida dando aulas de violino e tocando com uma banda durante a noite. Em 1911, viajou para Londres para pintar o rio Tamisa. Em 1913, ele pintou novamente com Derain em Marselha e Martigues. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele começou a escrever poesia. Depois, ele estabeleceu-se nos subúrbios de Paris. Casou com sua segunda mulher, com quem teve duas filhas. De 1925 em diante, ele viajou pela França, mas continuou a pintar, principalmente ao longo do rio Sena, próximo a Paris.

Fauvismo
"Quero incendiar a Escola de Belas Artes com meus vermelhos e azuis." Essas são palavras de Maurice de Vlaminck, pintor francês, nascido em 1876, que revolucionou uma época. Considerado o mais autêntico dos fauvistas, Vlaminck tornou-se pintor enquanto ganhava a vida como violinista de orquestras ciganas em Paris.
No início do século XX, destacou-se entre os outros fauvistas. As suas telas fauve marcam a explosão de cores quentes e puras. No entanto, logo Vlaminck abandonaria o "estilo selvagem" em busca de um caminho próprio.
Antes de chegar à maturidade, quando suas obras passaram a ressaltar telhados e ruas nevadas, ele passou por um período fértil sob influência de Cézanne. Deixou-se impregnar pela vibração dos amarelos de Van Gogh em trabalhos como Montes di feno (1950), que se distanciam completamente da melancolia de suas telas invernais. Após a I Guerra mundial, suas telas ficaram mais sombrias e mais tarde Vlaminck acabou adotando um estilo entre expressionista e realista. Faleceu em 1958.

Texto extraído do site guia das artes. Disponível em: https://www.guiadasartes.com.br/maurice-de-vlaminck/biografia. Acesso em 13.08.2018

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Dia Nacional das Artes

O Dia Nacional das Artes surgiu a partir do decreto de lei nº 82.385, de 5 de outubro de 1978, e a partir da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978. Tais leis regulamentaram a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões, além de mais de 100 outras funções que também podem estar inseridas no que seria considerado um trabalho artístico.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Períodos da história Ocidental e Estilos artísticos


A Idade Média se refere a Alta Idade Média que caracteriza um período que tinha como base o sistema feudal, sua economia não era monetária, ocorria por meio de trocas “natural”.

A Baixa Idade Média foi o período de transição do feudalismo para a primeira fase do capitalismo, um sistema econômico monetário. O valor das moedas eram dados de acordo com o metal que a constituiam. Com isso, os Europeus intensificaram suas conquistas territoriais em busca de metais preciosos.

A Arte do período Medieval é a arte Paleocristã, Bizantina, Românica e a Gótica. Os principais temas representados nessa Arte é a religião cristã.

A Idade Moderna iniciou com a tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos em 1453. É o período compreendido entre os séculos XV e XVIII. Esse foi um período marcado pela transição do feudalismo para o capitalismo burguês, nessa época, coexistiram elementos do sistema medieval feudal e elementos que formaram as bases do sistema capitalista. Portanto, a Idade Moderna não era essencialmente capitalista e nem feudal. A forma de governo estabelecida era o absolutismo, as palavras do rei eram leis e suas vontades e desejos eram ordens. Essa forma de governo era fundamentada pelas teorias de predestinação divina que apontavam o rei como representante de Deus na terra e por textos laicos como os de Nicolau Maquiavel. No período da Idade Moderna ocorreram grandes mudanças como: desenvolvimento comercial, aumento da população, crescimento das cidades, desenvolvimento das manufaturas, estruturação do mercantilismo: um sistema que obrigava todas as colônias no ultramar a um exclusivo comercial, um rígido sistema de monopólio organizado principalmente, pela obrigatoriedade do cumprimento das rotas comerciais e de acordos comerciais passarem pela metrópole, grandes avanços tecnológicos. O século XVIII é o século das grandes investigações científicas dos filósofos e cientistas iluministas que inventarem diversas máquinas, criaram teorias sociais e científicas. Além do iluminismo, a reforma religiosa liderada por Martin Lutero foi também, uma grande revolução social. E a igreja católica reagiu com a Contra-Reforma um movimento contrário a reforma religiosa. Surgiram inúmeros pensadores que queriam o fim do absolutismo e a implantação de uma nova ordem social, a democracia. Como consequência dessas ideias a burguesia da França apoiada pelo povo realizou em 1789 a revolução francesa, pondo fim a Idade Moderna e dando início a Idade Contemporânea.

A Arte da Idade Moderna é a renascentista, maneirismo, barroco, rococó, romantismo e o neoclassicismo.

A Idade Contemporânea teve início em 1789 com a Revolução Francesa e se estende até a atualidade. A principal característica desse período é o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo e pelas disputas (territoriais, econômicas, políticas, sociais, etc.) das grandes potências.

A Arte contemporânea é marcada pelo surgimento de inúmeras corrententes artísticas diferenciadas, como: o realismo, o impressionismo, o simbolismo, o pós-impressionismo, art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening, fluxus), Instalação, videoarte, op art, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, transvanguarda, neoexpressionismo, etc.

Você sabe o que é movimento, períodos, escola, tendência e estilo artísticos?


Movimento: artístico é caracterizado por ideias comuns, data de criação, local e participantes. Historicamente o impressionismo é caracterizado como o primeiro movimento a incorporar a maioria dessas características.

Período: é o espaço de tempo em que determinadas características de linguagem artística predominam. Dentro de um período estabelecem-se tendências, que ao se consolidar, passam a ser chamadas de estilos ou escolas.

Na história da arte Ocidental os períodos são classificados como: pré-histórico, antigo, medieval, moderno e contemporâneo. É sempre bom lembrar que, os períodos artísticos relacionam-se ao conjunto estilístico que os define e os caracteriza, portanto, o período da história da Arte não coincide com os períodos de divisão histórica, por exemplo, não foi a chegada do ano 1.000 dC que determinou o período Românico, mas sim a retomada do estilo arquitetônico idealizado no período do império romano. Não foi o início da Revolução Francesa que marcou o início da Arte Contemporânea.

Escola: surge depois que um artista, ou um grupo, desenvolve um conjunto de ideias ou técnicas, que passam a influenciar as linguagens artísticas, alterando o modo de expressão das gerações futuras. Ex. escola flamenga séculos XV ao XVII, escola de Bauhaus entre 1919 e 1933.

Tendências: significa o êxito que alguns artistas alcançaram, num determinado período de suas carreiras, pode ser definida como a cultura dominante de um período. Ex. a perspectiva foi uma tendência que marcou a obra de quase todos os artistas do período renascentista.

Estilo: indica um grupo de características mais ou menos constantes e definidas que permitem a identificação da arte produzida em um período histórico. Ex. estilo de pintura de Michelangelo.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

REALISMO


Embora utilizado em geral para designar formas de representação objetiva da realidade, o realismo como doutrina estética específica se impõe a partir de 1850 na França, triunfando com Gustave Flaubert (1821 - 1880) na literatura e Gustave Courbet (1819 - 1877) na pintura. As três telas de Coubert expostas no Salão de 1850, Enterro em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras, marcam seu compromisso com o programa realista, pensado como forma de superação das tradições clássica e romântica, assim como dos temas históricos, mitológicos e religiosos. O enfrentamento direto e imediato da realidade, com o auxílio das técnicas pictóricas, descarta qualquer tipo de ilusionismo. O pintor é simpatizante das posições anarquistas de Proudhon e tem participação decisiva durante a Comuna de Paris, e seria impossível compreender suas decisões estéticas sem considerar suas escolhas políticas. A pintura, arte concreta por excelência, se aplica aos objetos reais, às "coisas como elas são".

A cena do funeral na cidade natal do pintor, Ornans, é criticada por sua feiúra e crueza. As figuras, destituídas de graça, parecem desencontradas nas grandes dimensões da tela. No primeiro plano, o buraco aberto no chão e o semblante algo caricato do padre. Já se observam na obra, nota o historiador norte-americano Meyer Schapiro, a simplicidade e força das imagens ingênuas que povoam a arte popular, com a qual a obra de Courbet mantém muitas afinidades. Os temas banais, distantes dos padrões de beleza clássica e romântica, o trabalho nas aldeias, os ofícios - os Amoladores de Faca, o Paneleiro, os Joeireiros etc. -, a observação direta da natureza, entre outros, afastam Courbet das construções eruditas ou da pintura filosófica que impõe reflexões. Moças à Margem do Sena, 1857, explicita a aderência da forma artística ao real, representa um fragmento da realidade: duas moças da cidade fazendo a sesta à margem do rio, apresentadas sem idealização ou dramatização. Não há nenhuma pretensão do artista em captar os sentimentos das mulheres, assim como a paisagem não almeja ser representação da natureza. Apenas duas figuras, num lugar qualquer. Cenas que Courbet vê e registra. Como ele bem diz a respeito dos seus quebradores de pedras: "Não inventei nada. Todos os dias, ao fazer minhas caminhadas, via as pessoas miseráveis desse quadro". O foco de Courbet na realidade tangível das coisas influencia a pintura de Millet, Daumier e outros pintores de sua época, repercutindo posteriormente nos cubistas. Como aponta Apollinaire em 1913, em Os Pintores Cubistas: "Courbet é o pai dos novos pintores". Não é possível esquecer as relações íntimas da fotografia com a tradição realista na pintura, no século XIX e no decorrer do século XX, que mereceriam tratamento à parte.

Expressões realistas podem ser percebidas em quase todo grupo ou movimento artístico com base em Courbet. Convém lembrar que o construtivista russo Naum Gabo (1890 - 1977) denomina o seu manifesto de realista, em 1920; que as telas monocromáticas de Yves Klein (1928 - 1962) na França dos anos 1960 são apresentadas como um novo realismo e a nova objetividade, de Otto Dix (1891 - 1969) e George Grosz (1893 - 1959), na Alemanha, defende uma atitude realista por excelência. Nesse sentido, acompanhar tendências realistas na arte do século XX obriga a realização de um amplo mapeamento de obras, bastante diferentes umas das outras do ponto de vista estilístico. Alguns poucos exemplos parecem suficientes para dar uma visão da disseminação do realismo na arte ocidental e, ao mesmo tempo, de sua variedade. Na Inglaterra do século XIX, os pré-rafaelitas - John Everett Millais (1829 - 1896), William Holman Hunt (1827 - 1910) e Dante Gabriel Rossetti (1828 - 1882) -  exercitam uma dicção realista, que, se não tem as preocupações sociais de Courbet, ambiciona a precisão e o detalhamento em trabalhos que tocam motivos históricos e psicológicos, como no célebre Ofélia, 1851/1852, de Millais. Imagens do trabalho e dos trabalhadores, típicas em Millet, aparecem com a década de 1870, em obras de Luke Fildes (1844 - 1927) como Candidatos à Admissão numa Enfermaria Improvisada, 1908, e George Clausen (1852 - 1944) em Trabalho de Inverno, 1883/1884.

No início do século XX, o grupo de Camden Town associa técnicas pós-impressionistas a temas realistas, por exemplo em trabalhos de Walter Richard Sickert (1860 - 1942) realizados em torno de 1907 e em obras de outros artistas do grupo, como Charles Ginner (1878 - 1952), Harold Gimmer e Spencer Gore (1878 - 1914). Novas feições realistas tingem as obras de gerações posteriores como a de Edward John Burra (1905 - 1976) e William Patrick Roberts (1895 - 1980). Na Europa, o período entreguerras conhece o realismo sui generis de Kazimir Malevich (1878 - 1935) - que se opunha ao realismo socialista - e também a obra de Balthus (1908), que tem em Courbet sua referência primeira. Nos Estados Unidos, a produção de Edward Hopper (1882 - 1967), por exemplo, Domingo de Manhã bem Cedo, 1930, é emblemática do estilo realista em sua versão norte-americana. No período pós-1945, é possível chamar a atenção para uma retomada do realismo com a arte pop britânica e norte-americana, que convive com outras tendências realistas, como as reveladas nas obras de Lucien Freud (1922). O chamado hiper-realismo dos anos 1960 retoma as relações de vizinhança entre tradição realista e fotografia, produzindo, paradoxalmente, efeitos de irrealidade.

Na produção pictórica brasileira, não se encontram feições realistas como a de Courbet ou Millet. O realismo, no Brasil, encontra-se traduzido em paisagistas como Georg Grimm (1846 - 1887), Modesto Brocos (1852 - 1936), Benedito Calixto (1853 - 1927), Castagneto (1851 - 1900), Clóvis Graciano (1907 - 1988), José Pancetti (1902 - 1958), entre outros. Os tipos e costumes do interior paulista representados por Almeida Júnior (1850 - 1899) podem ser pensados também com base em uma orientação realista, assim como a pintura social de Candido Portinari (1903 - 1962). Podem ser lembradas ainda a exposição de gravadores, Contribuição ao Realismo, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, em 1956, organizada por Mário Gruber (1927), da qual participam o próprio Gruber, além de Vasco Prado (1914 - 1998), Carlos Scliar (1920 - 2001), Glauco Rodrigues (1929 - 2004), Renina Katz (1926) entre outros.

SCHAPIRO, Meyer. A Arte moderna séculos XIX e XX: ensaios escolhidos. Tradução Luiz Roberto Mendes Gonçalves; prefácio Willibald Sauerlander. São Paulo: Edusp, 1996.

Monólogo dramático