Os homens primitivos dançavam
por diversos motivos: para tentar impedir que desastres naturais prejudicassem
as atividades cotidianas, para agradecer boas colheitas, e para festejar.
No Egito a dança era ritualística e tinha características sagradas. Dançava-se para os
Deuses, em casamentos e funerais. Para
os gregos a dança originou-se de rituais religiosos, os gregos acreditavam no
seu poder mágico, assim os vários deuses gregos eram cultuados de diferentes
maneiras. As danças preparavam fisicamente os guerreiros e sempre eram feitas
em grupos. A dança era muito difundida na Grécia Antiga, importante no teatro,
a dança se manifestava por meio do coro. Roma: a
dança entra em decadência, pois nunca foi privilegiada e só vai recuperar sua
importância no Renascimento.
No período da Idade Média a dança, como todos
os outros movimentos artísticos, sofreu um retrocesso. A dança, pelo fato de se
utilizar do corpo como expressão, foi considerada profana, porém, continuou
sendo praticada pelos camponeses. No Renascimento a dança ressurge,
é apreciada pela nobreza adquirindo um aspecto social e tornando-se mais
complexa, passa a ter estudos específicos feitos por pessoas e grupos
organizados sendo conhecida como balé. Até essa época a dança era algo
improvisado, só a partir do Renascimento passa de atividade lúdica, de divertimento,
para uma forma mais disciplinada, surgindo repertórios de movimentos
estilizados. O uso do termo balé, na época balleto, significava um conjunto de ritmos e passos. A
moda do balleto na Itália se espalhou também pela França durante o século XVI. O século XVII é considerado o grande século
do balé, saindo dos salões e transferindo-se para os palcos, provocando
mudanças na maneira de se apresentar surgindo, assim, os espetáculos de dança.
A partir do século XVIII o drama-balé-pantomima é
executado nos palcos dos teatros por verdadeiros profissionais de ambos os
sexos. A dança adquire todo o seu esplendor, com ricos e belos cenários e
figurinos. O balé passa a contar uma história com começo, meio e fim.
No Romantismo há a valorização
do
balé que, até aquela época, falava de histórias de fadas, bruxas e feiticeiras.
Procurou recuperar a harmonia entre o homem e o mundo. É nessa época, século
XVIII, que os bailarinos começam a usar sapatilhas, completando a revolução do
balé.
Na
segunda metade do século XIX uma mulher novamente iria revolucionar toda a
dança, era Isadora Duncan, provocando uma imensa renovação com uma dança mais
livre, mais solta, mais ligada à vida real. Dança Moderna: a dança moderna é uma negação da formalidade do
balé. Os bailarinos trabalham mais livres, porém não rompem completamente com a
estrutura do balé clássico. Os movimentos corporais são muito mais explorados,
existe um grande estudo das possibilidades motoras do corpo humano. Solos de
improvisação são bastante frequentes.
Martha
Grahan e Nijinski são os grandes revolucionários da dança dessa época. Serge
Pavlovitch Diaglhilev, ou Nijinski, russo, mesmo não sendo um dançarino, criou
condições míticas para a dança. Marta Grahan nos Estados Unidos na década de
cinquenta criou uma nova maneira de dançar independente da música, baseando-se
principalmente nos sentimentos que qualquer som pode provocar, abrindo espaço
para todas as possibilidades da dança. Dança Contemporânea
A arte
contemporânea é complicada de se compreender. Por quê? É algo que não é
previsível, é o novo, é a ruptura com aquilo que conhecemos como arte. Na
dança, a contemporaneidade fica mais evidente, pois ela deixa de ter uma
estrutura clara, preocupando-se mais com a transmissão de conceitos, ideias e
sentimentos do que com a estética.
A dança
contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou
rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e
experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte,
finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir,
desenvolvendo uma linguagem própria. Os movimentos rompem com os movimentos
clássicos e os movimentos da dança moderna, modifica o espaço, usando não só o
palco como local de referência.
A dança
contemporânea é uma explosão de movimentos e criações, o bailarino escreve no
tempo e no espaço conforme surgem e ressurgem ideias e emoções. Os temas
refletem a sociedade e a cultura nas quais estão inseridos, uma sociedade em
mudança, são diversificados, abertos e pressupõem o diálogo entre o dançarino e
o público numa interação entre sujeitos comunicativos. O corpo é mais livre,
pois é dotado de maior autonomia.
A dança
contemporânea é uma circulação de energia: ora explosiva, ora recolhida. A
respiração, a alternância da tensão e do relaxamento em Martha Graham, o
desequilíbrio e o jogo do corpo com a gravidade em D.Humphrey; E.Decroux faz
trabalhar o diálogo da pele e do espaço retornando às origens do movimento.
A dança
contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de
pessoas podem praticá-la.