Claudio Monteverdi definiu a
transição do estilo renascentista para o barroco. Embora seus primeiros
madrigais reflitam ainda o cromatismo exuberante do Renascimento tardio, Sua
ópera L´Orfeo, que explorava as possibilidades musicais e dramáticas do
barroco, marcou o início de uma nova era. O
compositor italiano, Claudio Giovanni Antonio Monteverdi nasceu em
Cremona em 15 de maio de 1567 e morreu em Veneza no dia 29 de novembro de 1643.
Estudou musica em sua cidade natal em 1590-1612, foi violinista, organista e,
maestro da música da corte de Mântua. Em 1613 foi nomeado regente do coro da
Basílica de San Marco em Veneza. Depois da morte de sua mulher e de outros
membros de sua família, ordenou-se padre em 1632. Madrigal e ópera. O ponto de partida da música de Monteverdi não foi à
polifonia palestriniana nem a embrionária ópera florentina, mas o madrigal
renascentista. Entre 1587 e 1638 publicou oito coleções de madrigais. São
especialmente dignos de nota os seis madrigais da coleção Lagrime d’amante al sepolcro dell’amata (Lágrimas do amante
no sepulcro da amada), que foram no
séc. XX reeditadas por Nadia Boulanger (1887-1979). Revolucionário na música,
Monteverdi deu o passo decisivo do madrigal para a monodia e, ao mesmo tempo,
do canto a cappela para o canto com acompanhamento instrumental. Sua
ópera Orfeo (1607), da
qual existem reedições modernas por Alfredo Casella e por Carl Orff, foi um
feito pioneiro: a primeira ópera que ainda hoje pode ser ouvida com interesse
mais que histórico, e a primeira obra da música com ampla participação
orquestral, sobretudo de instrumentos de corda. Da segunda ópera de Monteverdi,
Arianna (1608),
perdeu-se a partitura; só subsiste a ária “Lasciatemi morire” (“Deixem-me
morrer”), o famoso “Lamento”, que foi a melodia mais cantada na Itália do séc.
XVII. As inovações de Monteverdi
foram combatidas com veemência, sobretudo pelo teórico Giovanni Maria Artusi.
Explicava-se a composição monódica do mestre pela sua suposta incapacidade de
escrever polifonia. Para refutar esses adversários, Monteverdi terminou suas Vesperae Virginis (1610; Vésperas da Virgem) com uma missa a cappela para 6 vozes
em estilo palestriniano. Mais interessantes que essa missa é para ouvintes
modernos, as próprias Vésperas e o Magnificat, em que Monteverdi usa o novo estilo monódico e o
acompanhamento instrumental para textos litúrgicos, mas sem cair em estilo
operístico. A obra, reeditada em 1934 por H.F. Redlich, é hoje apreciada. Das óperas escritas em Veneza,
pouca coisa subsiste: IlCombattimento di Tancredo e
Clorinda (1624), que é
hoje usado como música de bailado e, sobretudo, a grande ópera L’Incoronazione di Poppea (1642), que é
uma obra-prima da música barroca; a reedição, por Malipiero, teve grande
sucesso no festival de Aix-en Provence (1961) e a ópera incorporou-se ao
repertório moderno. Monteverdi é um dos grandes mestres, da música barroca: só sua
obra sobrevive, de todas entre o tempo de Palestrina e o de Bach e Handel. Sua
música, que não tem nada a ver com a ópera italiana da época seguinte
(Alessandro Scarlati), é uma arte severa que se impõe ao público e à crítica de
hoje.
Olá! Sejam BEM-VIND@S!!! Em razão da minha cegueira desenvolvi uma metodologia específica de ensino, pautada na oralidade e audiodescrições, na qual utilizo, diversos recursos de mídia para preparar, organizar e ministrar aulas, dentre eles, está este blog, onde irei compartilhar de forma gratuita e acessível conteúdos relacionados a Artes e cultura com você!
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ResponderExcluirClaudio Monteverdi representa a transição do estilo renascentista para o barroco, seus primeiros madrigais refletem o cromatismo Renascentista, mas, adotou e defendeu o estilo barroco. Sua ópera L´Orfeo, é um grande marco da música erudita mundial, o compositor explorou as possibilidades musicais e dramáticas do barroco.
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