sexta-feira, 11 de março de 2016

MONTEVERDI, CLAUDIO (1567-1643) ITALIANO – ERA BARROCA – 254 OBRAS.

Claudio Monteverdi definiu a transição do estilo renascentista para o barroco. Embora seus primeiros madrigais reflitam ainda o cromatismo exuberante do Renascimento tardio, Sua ópera L´Orfeo, que explorava as possibilidades musicais e dramáticas do barroco, marcou o início de uma nova era. O compositor italiano, Claudio Giovanni Antonio Monteverdi nasceu em Cremona em 15 de maio de 1567 e morreu em Veneza no dia 29 de novembro de 1643. Estudou musica em sua cidade natal em 1590-1612, foi violinista, organista e, maestro da música da corte de Mântua. Em 1613 foi nomeado regente do coro da Basílica de San Marco em Veneza. Depois da morte de sua mulher e de outros membros de sua família, ordenou-se padre em 1632. Madrigal e ópera. O ponto de partida da música de Monteverdi não foi à polifonia palestriniana nem a embrionária ópera florentina, mas o madrigal renascentista. Entre 1587 e 1638 publicou oito coleções de madrigais. São especialmente dignos de nota os seis madrigais da coleção Lagrime d’amante al sepolcro dell’amata (Lágrimas do amante no sepulcro da amada), que foram no séc. XX reeditadas por Nadia Boulanger (1887-1979). Revolucionário na música, Monteverdi deu o passo decisivo do madrigal para a monodia e, ao mesmo tempo, do canto a cappela para o canto com acompanhamento instrumental. Sua ópera Orfeo (1607), da qual existem reedições modernas por Alfredo Casella e por Carl Orff, foi um feito pioneiro: a primeira ópera que ainda hoje pode ser ouvida com interesse mais que histórico, e a primeira obra da música com ampla participação orquestral, sobretudo de instrumentos de corda. Da segunda ópera de Monteverdi, Arianna (1608), perdeu-se a partitura; só subsiste a ária “Lasciatemi morire” (“Deixem-me morrer”), o famoso “Lamento”, que foi a melodia mais cantada na Itália do séc. XVII. As inovações de Monteverdi foram combatidas com veemência, sobretudo pelo teórico Giovanni Maria Artusi. Explicava-se a composição monódica do mestre pela sua suposta incapacidade de escrever polifonia. Para refutar esses adversários, Monteverdi terminou suas Vesperae Virginis (1610; Vésperas da Virgem) com uma missa a cappela para 6 vozes em estilo palestriniano. Mais interessantes que essa missa é para ouvintes modernos, as próprias Vésperas e o Magnificat, em que Monteverdi usa o novo estilo monódico e o acompanhamento instrumental para textos litúrgicos, mas sem cair em estilo operístico. A obra, reeditada em 1934 por H.F. Redlich, é hoje apreciada. Das óperas escritas em Veneza, pouca coisa subsiste: IlCombattimento di Tancredo e Clorinda (1624), que é hoje usado como música de bailado e, sobretudo, a grande ópera L’Incoronazione di Poppea (1642), que é uma obra-prima da música barroca; a reedição, por Malipiero, teve grande sucesso no festival de Aix-en Provence (1961) e a ópera incorporou-se ao repertório moderno. Monteverdi é um dos grandes mestres, da música barroca: só sua obra sobrevive, de todas entre o tempo de Palestrina e o de Bach e Handel. Sua música, que não tem nada a ver com a ópera italiana da época seguinte (Alessandro Scarlati), é uma arte severa que se impõe ao público e à crítica de hoje.


2 comentários:

  1. Claudio Monteverdi representa a transição do estilo renascentista para o barroco, seus primeiros madrigais refletem o cromatismo Renascentista, mas, adotou e defendeu o estilo barroco. Sua ópera L´Orfeo, é um grande marco da música erudita mundial, o compositor explorou as possibilidades musicais e dramáticas do barroco.

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Monólogo dramático