segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Action Painting

"Prefiro atacar a tela não esticada, na parede ou no chão [...] no chão fico mais à vontade. Me sinto mais próximo, mais uma parte da pintura, já que desse modo posso andar em volta dela, trabalhar dos quatro lados, e literalmente estar na pintura [...]. Quando estou em minha pintura, não tenho consciência do que estou fazendo." Estas palavras do pintor norte-americano Jackson Pollock (1912-1956), em 1947, definem de modo sintético os traços essenciais de sua técnica e estilo de pintura, batizado de action painting pelo crítico norte-americano Harold Rosenberg, em 1952. Pollock estira a tela no solo e rompe com a pintura de cavalete. Sobre a tela, a tinta - metálica ou esmalte - é gotejada e/ou atirada com "paus, trolhas ou facas", ao ritmo do gesto do artista. O pintor gira sobre o quadro, como se dançasse, subvertendo a imagem do artista contemplativo - ele é parte da pintura - e mesmo a do técnico ou desenhista industrial que realiza o trabalho de acordo com um projeto. O trabalho é concebido como fruto de uma relação corporal do artista com a pintura, resultado do encontro entre o gesto do autor e o material. "Antes da ação", diz Pollock, "não há nada: nem sujeito, nem objeto." Descarta também a noção de composição, ancorada na identificação de pontos focais na tela e de partes relacionadas. O tratamento uniforme da superfície da tela e o abandono de idéias tradicionais de composição - por exemplo a de que a obra deve ter um centro - levam à pintura denominada de all-over pelo crítico norte-americano Clement Greenberg.

Após uma fase figurativa, sob influência da pintura regionalista do pintor norte-americano Thomas Hart Benton (1889-1975) e dos muralistas mexicanos, Pollock começa a realizar pinturas abstratas, em meados dos anos 1940. As telas têm dimensões ampliadas e são integralmente ocupadas por respingos, manchas, arabescos e espirais emaranhados, como em Trilhas Onduladas (1947), ou em Número 1 (1949). A marca do trabalho é a liberdade de improvisação, o gesto espontâneo, a expressão de uma personalidade individual. As influências do automatismo surrealista são evidentes, ainda que não referidas apenas à mão e à escrita - como nos escritores - mas a todo o corpo do artista. Diferenças à parte, observa-se a mesma ênfase na intuição e no inconsciente como fonte de criação artística (lembrar as afinidades de Pollock com a psicologia de Jung). Nas formas alcançadas, nota-se a distância em relação à abstração geométrica e as afinidades com o biomorfismo surrealista, no qual as formas obtidas - próximas às formas orgânicas - enfatizam as ligações entre arte e vida, entre arte e natureza. Alguns críticos sublinham as afinidades da action painting com o jazz, música que se faz tocando, ao sabor do improviso e da falta de projeto preliminar.

A action painting, ainda que atinja seu ponto máximo com Pollock, é exercitada por outros artistas reunidos em torno do expressionismo abstrato, primeiro estilo pictórico norte-americano a obter reconhecimento internacional. A recusa das técnicas artísticas tradicionais assim como a postura crítica em relação à sociedade e ao establishment americano aproximam um grupo bastante heterogêneo de pintores e escultores, entre eles Mark Rothko (1903-1970), Adolph Gottlieb (1903-1974), Willem de Kooning (1904-1997) e Ad Reinhardt (1913-1967). Os emaranhados de linhas e cores que explodem nas telas de Pollock afastam a ideia de mensagem a ser decifrada. Do mesmo modo os quadros de Rothko, com suas faixas de pouco brilho e sutis passagens de tons, ou mesmo as soluções figurativas de De Kooning, não visam oferecer chaves de leitura. A ausência de modelos, a idéia de espontaneidade relacionada ao trabalho artístico e o gesto explosivo do pintor que desintegra a realidade fazem parte de uma retórica comum ao expressionismo abstrato, a partir da qual os artistas constroem dicções próprias.

As obras de Pollock e a action painting, tornadas estilo, tiveram forte impacto em diversos países da Europa a partir de 1960. No Brasil, parece temerário pensar em seguidores das pesquisas iniciadas pelo expressionismo abstrato. Ainda que alguns críticos aproximem as obras de Manabu Mabe (1924-1997), Tomie Ohtake (1913), Iberê Camargo (1914-1994) e Flavio-Shiró (1928) dessa vertente, elas parecem se ligar antes ao tachismo ou ao abstracionismo lírico, adotado também por Cicero Dias (1907-2003) e Antonio Bandeira (1922-1967). Nos anos 1980, a obra de Jorge Guinle (1947-1987) aparece como exemplo de leitura particular da pintura de De Kooning.

REFERÊNCIAS


ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CHILVERS, Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

GOODING, Mel. Arte abstrata. Tradução Otacílio Nunes, Valter Pontes. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. 96 p., 69 il. color. (Movimentos da arte moderna).

GREENBERG, Clement. Arte e cultura: ensaios críticos. São Paulo: Ática, 1996.

VETTESE, Angela. Capire l´Arte Contemporanea - dal 1945 ad oggi. Torino: Umberto Allemnadi & C., 1996.

ACTION Painting. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo350/action-painting>. Acesso em: 11 de Fev. 2019. Verbete da Enciclopédia.


HISTÓRIA DO RÁDIO NO BRASIL







































LAND ART é uma corrente artística que surgiu no final da década de 1960 que se utiliza do meio ambiente, de espaços e recursos naturais para realizar suas obras. Em locais remotos e desertos, os artistas da Land Art traçam imensas linhas sobre a terra, escavam tumbas, empilham pedras, realizam intervenções com caráter efêmero etc. Esses artistas registram todo o processo da sua produção em imagens e vídeos. A Land Art tem como ponto de partida o movimento minimalista.










VYGOTSKY: DESENVOLVIMENTO DO COMPORTAMENTO E PSIQUICO DO SER HUMANO



VYGOTSKY: DESENVOLVIMENTO DO COMPORTAMENTO E PSIQUICO DO SER HUMANO

Por Zeneide Cordeiro

Vygotsky foi o primeiro teórico moderno a sugerir os mecanismos pelos quais a cultura torna-se parte da natureza de cada pessoa ao insistir que as funções psicológicas são um produto de atividade cerebral. Ele estudou sistematicamente a psicologia e o seu projeto principal foi os processos de transformação do desenvolvimento na dimensão filogenética, histórico social e antogenético.
A psicologia de Vygotsky desencadeada no inicio do século XX, sobre a relação entre linguagem e pensamento possui pressuposto marxista sem descartar a consciência, um conceito central do materialismo dialético, afim, de superar a dicotomia entre o determinismo reducionista do behaviorismo metodológico de Watson e Thandike e o indeterminismo ou determinismo endógeno das correntes mentalistas e nativistas da época. A abordagem psicológica de Vygotsky trata-se de elaborar uma teoria marxista do funcionamento intelectual humano, entendendo-se esse funcionamento e os processos mentais superiores que o caracterizam como produtos das condições sócio-históricos e materiais de existência, derivados das relações dos homens entre si e com a natureza. O teórico chama de processos mentais superiores aquelas ações de pensamento, raciocínio lógico, soluções de problemas, entre outros, mediadas pela linguagem, que envolvem o controle consciente e deliberado sobre o próprio funcionamento intelectual, há também processos elementares que emergem da inserção cultural do homem, como a percepção, a atenção, a memória, a imaginação, etc. O caráter instrumental dessa psicologia deveria assumir a natureza basicamente mediada de todas as funções psicológicas complexas: cultural; sua análise nos meios socialmente estruturados pelos quais a sociedade organiza as tarefas que a criança enfrenta em seu desenvolvimento, bem como nos instrumentos físicos e mentais que ela dispõe para dominar essas tarefas, o histórico; no sentido de buscar entender o processo evolutivo do desenvolvimento ontogenético como a história social dos instrumentos que o homem usa para dominar o seu ambiente e para regular o seu próprio comportamento.
As condições filogenéticas de emergência da consciência marcada pela separação entre, de um lado, as funções mentais elementares, reguladas por leis naturais e comuns a todo o reino animal e, de outro as funções mentais superiores características dos seres humanos. Vygotsky localiza na linguagem um dos instrumentos básicos, inventados pelo homem, para a organização e desenvolvimento do pensamento, que atende aos três pré-requisitos conceituais anteriormente referidos. O desenvolvimento cognitivo se dá inicialmente na atividade do indivíduo sobre o ambiente social, mediada pelo uso de instrumentos e por processos mentais elementares, inteligência práticas mentais elementares, inteligência prática com a atividade do indivíduo sobre o psiquismo das pessoas e sobre o próprio psiquismo, mediada por signos, levando ao desenvolvimento dos processos mentais superiores a inteligência verbal. O teórico enfatiza o processo histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo. Desenvolvimento do conhecimento através da interação do sujeito com o meio. A linguagem é vista como o próprio meio pelo qual o pensamento passa a existir. Com base na observação da linguagem infantil em situações estruturadas, variando a idade das crianças, o grau de automatismo da tarefa e criando obstáculos ou dificuldades, Vygotsky encontrou evidências que a fala egocêntrica possui uma função reguladora do pensamento, esta por sua vez é internalizada, podendo ser recuperada em momentos críticos de uma atividade. Pela internalização a criança assimila os instrumentos de pensamento e linguagem do seu contexto sócio-cultural, passando a usar consigo mesma, aqueles que o seu ambiente usa em relação a ela.
A escolarização formal, enquanto veículo de socialização do conhecimento acumulado constitui simultaneamente um produto histórico-cultural que reflete aspectos do desenvolvimento filogenético, e um fator histórico cultural que influi sobre o desenvolvimento ontogenético. O contexto cultural é responsável pelas principais transformações e evoluções do ser humano, através dele o indivíduo cria novas formas intelectuais de agir no mundo.





REFERÊNCIAS


CALDAS, Roseli Fernandes Lins Caldas, Hübner, Maria Martha Costa. O desencantamento com o aprender na escola: o que dizem professores e alunos. Psicologia: teoria e prática, 2001, p. 71-82. SP.

MEIRA, Marisa Eugênia Melillo. Desenvolvimento e aprendizagem: reflexões sobre suas relações e implicações para a prática docente. (Texto da disciplina).

PRETTE, Almir Del, PRETTE, Zilda A. P. Del. Notas sobre o pensamento e linguagem em Skinner e Vygotsky. Psicologia: reflexão e crítica, Porto Alegre, 1995, v.8, nº1, p. 147-164.

VIECILI, Juliane, Medeiros, José Gonçalves. A coerção e sua implicação na relação professor-aluno. Revista. Psico-USF, v.7, nº2, p.229-238. Jul/Dez. 2002.

____________________________________. A coerção em sala de aula: decorrências de seu uso pelo professor na produção do fracasso escolar. Revista: Interação em psicologia, 2002. P. 138-194.

EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E A REFORMA DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Desde a origem da educação profissional brasileira marcada com a Lei nº. 7.566, de 23 de setembro de 1909, no governo do presidente Nilo Pecanha, que propôs uma escolarização simplificada, pela insuficiência de recurso e pela organização de currículos, modelos educacionais de adestramento para o trabalho.
A educação profissional era voltada para futuros trabalhadores, não exigia uma escolarização que ampliasse a intelectualidade dos discentes. Não havia necessidades significativas de trabalho intelectual, a eles bastaria uma educação profissional especializada, com foco na ocupação e voltada para o rigoroso cumprimento de procedimentos a serem repetidos por meio de processos pedagógicos que privilegiavam a memorização. A implantação dos cursos superiores de tecnologia só ocorreu na década de 1960 com o objetivo de atender ao mercado de trabalho emergente. O primeiro curso foi engenharia de operações, em São Paulo, 1963, para atender a necessidade de mão de obra da indústria, em crescente desenvolvimento e com necessidade de absorver profissionais especializados. A Lei nº. 5.540, de 28 de novembro de 1968, conhecida como lei da reforma universitária, ocorreu a formalização para a criação dos cursos profissionais superiores. Com a promulgação da Lei nº. 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 20 de dezembro de 1996, desencadeia um aparato legal que visa subsidiar a oferta e expansão dos cursos superiores de formação profissional e tecnologia e dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna. Esta lei estabelece os níveis de educação profissional, nível básico: qualificação, requalificação e profissionalização de trabalhadores independente da escolaridade. Nível técnico: proporciona habilitação profissional a alunos matriculados ou egressos do ensino médio. Nível tecnológico: curso superior na área de tecnológica, destinado aos egressos do ensino médio e técnico. A reforma da educação profissional e tecnológica no Brasil está se desenvolvendo em duas grandes frentes. A que foi instituída pela Lei nº. 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFS) e afeta a educação superior do país. A Lei nº. 12. 513, sancionada pela presidente Dilma Roussef, em 26 de outubro de 2011, institucionaliza o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Esse programa se propõe à expansão, interiorização e democratização, oferta de cursos e programas de formação inicial e continuada e qualificação profissional.
A Lei nº. 11.892, de 29 de dezembro de 2008, foi responsável pela reforma da educação profissional. O trabalho do docente é um problema grave, na maioria das instituições o número de professores é insuficiente.

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A PRÁTICA DOCENTE



AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A PRÁTICA DOCENTE

Zeneide Cordeiro, arte-educadora



RESUMO





Este artigo tem como objetivo provocar uma reflexão crítica sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação – TIC e a prática docente, esta pesquisa esta direcionada para o uso das tecnologias na educação básica contemporânea nacional, como ferramenta facilitadora no processo de ensino e aprendizagem, a inserção das TIC na sala de aula devem ser usadas como instrumentos de comunicação entre professores e alunos. Os educadores necessitam estar capacitados para usarem a tecnologia como um meio que dispõe conteúdo pedagógico e como novos processos de ensino, que favorece possibilidade de renovar ideias, conceitos e acabar com preconceitos antigos estipulados no modelo tradicional da educação.



Palavras chaves: Tecnologia – Educação - Comunicação



INTRODUÇÃO



Na atualidade a educação deve acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade, principalmente os avanços tecnológicos.

A inserção de novas tecnologias como as TIC – tecnologias da comunicação e informação no ambiente escolar, que tem como objetivo tornar professores e alunos criativos e críticos, capazes de decodificar e multiplicar conhecimentos científicos no espaço em que estão inseridos, relacionando-se com outros indivíduos, intelectualmente, socialmente e culturalmente, não apenas transformou a prática docente cotidiana, mas o modo de produção intelectual e diluiu os limites entre compreensão e certezas, hoje são mediadas pela tecnologia à percepção, memória, mímesis, história, política, identidade, experiência e cognição. A tecnologia como instrumento indispensável no processo de ensino e aprendizagem é assimilada pelo indivíduo de modo a reforçar sua autoridade crítica, mas pode mascarar estratégias de dominação exercidas por outros indivíduos. É necessário que, os professores e alunos possuam envolvimento na produção do conhecimento, que ao utilizarem a tecnologia, não fiquem restritos a participação passivas diante da mesma, mas que saibam buscar novos conhecimentos.

Este artigo tem como objetivo provocar uma reflexão crítica sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação – TIC na sala de aula, partindo do pressuposto que as tecnologias devem ser usadas como ferramenta facilitadora no processo de ensino e aprendizagem, estes recursos tecnológicos as TIC são usados como instrumentos de comunicação entre professores e alunos, responsáveis por uma educação flexível, humana e crítica no ambiente escolar.

As grandes mudanças tecnológicas ocorridas nas últimas décadas influenciou drasticamente o modo das pessoas pensarem, agirem, de viver em sociedade e de morrer, exigem profissionais da área da educação capacitados e atualizados que dominem o uso de diversas ferramentas tecnológicas, que explorem competências e habilidade no processo de ensino e aprendizagem.











AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A PRÁTICA DOCENTE





Na atualidade as pessoas estão diante de uma economia global dinâmica, ligando culturas distintas e atividades importantes de todo o mundo e, ao mesmo tempo, desconectando redes de poder e riqueza de indivíduos.

No final do século XX houve uma revolução tecnológica com base na informação e comunicação que transformou completamente comportamentos sociais e individuais de todas as pessoas mundialmente. Uma cultura de virtualidade real, construída em torno de um universo audiovisual cada vez mais interativo, permeou a representação mental e a comunicação em todos os lugares, integrando a diversidade de culturas em um hipertexto eletrônico, mudando completamente modo de vida das pessoas, foi a inserção do mundo totalmente digital, algo que facilitou a transmissão de conhecimentos e aproximando pessoas mundialmente. As tecnologias da informação e comunicação – TIC, entendidas como a convergência das telecomunicações e da informática, resultante do desenvolvimento da microeletrônica; chips, digitalização, fibra ótica e satélites, provocaram profundas modificações em todos os setores da sociedade moderna brasileira, principalmente no sistema educacional. A década de 1970 foi uma época marcada por grandes avanços tecnológicos, mudanças sociais ocasionadas por recordações dolorosas das duas guerras mundiais, que fez o mundo ser dividido politicamente e economicamente, mudanças artísticas; marcadas pelos movimentos de vanguarda, popularidade em massa do cinema, HQs, e das novelas televisionadas, influenciando comportamentos sociais, estéticos e culturais mundialmente, houve novos conceitos e aplicação de métodos educacionais. A partir deste período iniciou-se a era digital e um conjunto de equipamentos lógicos, programas e de rede que dispõem interoperabilidade, comodidade e grande quantidade de informação transmitida ao mesmo tempo e de fácil acesso para a sociedade em tempo real e de baixo custo, desta forma o mundo está diante da chamada inovação tecnológica ocasionada principalmente com o surgimento da internet. De acordo com BRANDÃO (2002):





Através da internet é possível sair do individualismo e propor um ensino cooperativo, onde a navegação através de links, mantenha viva o espirito da pesquisa científica, com base em questões problematizadas onde professores e alunos passam a interpretar e fazer releituras do conhecimento estabelecendo e alargando horizontes mediante fórum virtual de discussões. (BRANDÃO, 2002, p. 6)





Na atualidade as tecnologias da informação e comunicação (TIC) fazem parte da dinâmica escolar com a intenção de oferecer um recurso para facilitar o aprendizado e o ensino. O uso desta ferramenta no ambiente escolar precisa ser visto pelos professores como um facilitador com o intuito de promover o aprendizado, sendo que, são os educadores quem determinam o conteúdo e é o aluno que determina a melhor forma para aprender. Estes recursos usados como ferramenta no processo de ensino/aprendizagem mostram uma grande inovação na educação brasileira, provocam o desenvolvimento das produções em colaboração, causando o gosto pela pesquisa nos alunos e professores, favorecendo a busca por condições adequadas para o processo de aprendizagem interativa e dinâmica. BARBOSA, (2005) quando fala da interdisciplinaridade e a inserção de novas ferramentas no ensino da arte no Brasil chama as tecnologias da informação e comunicação de tecnologias contemporâneas, segundo esta autora:





No Brasil, antes de pensarmos se as tecnologias contemporâneas ampliam o escopo da educação em instituições culturais, temos de convencê-las a trabalhar com base em conceitos culturais atualizados e democráticos de educação e a se reorganizarem para promover uma educação continuada. (BARBOSA, 2005, p. 104).





A autora afirma que nas últimas décadas a educação está dando às novas tecnologias um meio, um recurso auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, torna-se necessário não só aprender a ensiná-las, inserindo-as na produção cultural dos alunos, mas também educar para a recepção, o entendimento e a construção de valores. Diante de tantos avanços e ferramentas tecnológicas no século XXI, os profissionais da educação, principalmente os docentes, devem abandonar antigos métodos e conceitos praticados em sala de aula e buscar condições favoráveis e atuais para facilitar o ensino e consequentemente a aprendizagem, ressaltando a criatividade e os conhecimentos prévios dos alunos. As TIC favorecem uma mudança no papel do professor em sala de aula, mudança de espaço, tempo, comunicação e transmissão de conhecimento para os alunos, favorece uma relação professor/aluno mais flexível e constante, embora, exigem criatividade e conhecimento tecnológico, neste sentido o papel do professor será de orientador/mediador em sua prática educativa. É preciso mostrar como integrar os meios tecnológicos na escola, mostrando como professores podem se favorecer com o uso de software, links, chats, etc. No processo educacional o trabalho do professor é contribuir para o aluno aprender a interpretar informações, relacioná-las e contextualizá-las de acordo com a sua vivência social e cultural. O uso das TIC na escola como recurso educativo, deve servir de inovação pedagógica, é necessário que os educadores tenham conhecimento sobre as possibilidades do recurso tecnológico, para utilizar como instrumento, é necessário que haja uma humanização das tecnologias no ambiente escolar, para que elas sejam mostradas como meios e não como fins. Na atualidade os docentes tornaram-se aprendiz  permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, um organizador da aprendizagem, eles precisam construir sentidos, transformar o obrigatório em prazeroso, selecionar criticamente o que o aluno deve aprender. A natureza da prática docente está na indagação, respondida através da pesquisa, entretanto, para o professor (a) ser um bom profissional é obrigatório voltar a ser aluno, permanecer sempre como aprendiz. Para MORAN, (2007), a mudança na educação depende basicamente da boa formação de professores.





Bons professores são as peças-chave na mudança educacional. Os professores têm muito mais liberdade e opções do que parece. A educação não evolui com professores mal preparados. Muitos começam a lecionar sem uma formação adequada, principalmente do ponto de vista pedagógico. Conhecem o conteúdo mas não sabem como gerenciar uma classe, como motivar diferentes alunos, que dinâmicas utilizar para facilitar a aprendizagem, como avaliar o processo ensino-aprendizagem, além das tradicionais provas. (MORAN, 2007, p. 18).





Compreende-se nesta citação que diante de tantos avanços tecnológicos, novos conceitos e ideologias sociais e culturais no século XXI, os profissionais da educação devem por fim, a práticas de ensino tradicionais e fracassadas no ensino da atualidade e acompanhar as mudanças tecnológicas do presente. O mundo está na era da informação e o uso do computador e da internet é indispensável na educação, estes recursos não disponibilizam apenas dados e informação, mas são os principais instrumentos de comunicação e formação que os professores tem, são as principais tecnologias atuais com a qual se ensina e se aprende.

A sociedade atual é dinâmica e possui múltiplas oportunidades de aprendizagem, chamada de sociedade do conhecimento, de uma aprendizagem global. A participação da escola nesse cenário é fundamental para o sucesso na formação de alunos capazes de atuar de forma crítica e autônoma na sociedade. Os profissionais da educação precisam saber utilizar as TIC e deles tirar vantagens para assegurar a seus alunos o conhecimento que os levará a serem cidadãos com competências e habilidades para participarem dos processos da sociedade digital. Os professores que estiverem preparados tecnologicamente e com uma formação pedagógica apropriada para explorar tais recursos estarão contribuindo para a formação de sujeitos mais ativos e críticos. O uso das tecnologias da informação e comunicação na escola contribui para expandir o acesso a informações atualizadas, e promovem a criação de comunidades colaborativas de aprendizagem que valorizam a construção do conhecimento, a comunicação, a formação continuada e uma gestão escolar articulada entre as área administrativa e  pedagógica. Neste sentido, ALMEIDA, (2000) destaca que;





O professor com uma atitude crítica-reflexiva diante de sua prática trabalha em parceria com os alunos na construção cooperativa do conhecimento sobre a realidade que o aluno traz para construir um saber científico que continue a ter significado. Para tanto é preciso desafiar os alunos em nível de pensamento superior ao trabalho no treinamento de habilidades e incitá-los a aprender. (ALMEIDA, 2000, p. 8).





Ao explorar as potencialidades oferecidas pelos aparelhos e ferramentas tecnológicas e o uso da internet, o ambiente escolar cria novas relações com o saber, vivenciando a comunicação compartilhada e a troca de informações com outros espaços do conhecimento. A escola atual está vivenciando uma transformação, em situações nas quais diretores e comunidade escolar se envolvem diretamente no trabalho realizado em seu interior, além da participação social na escola, existem algumas instituições de ensino que dispões de recursos tecnológicos, oferecendo a entrada para espaços articulados e participativos nas redes colaborativas de aprendizagem, a escola apresenta-se como um espaço em contínua construção. Neste sentido BARBOSA, (2005) diz que:





Para ampliar os limites da tecnologia e de seu uso, é preciso pensar as relações entre tecnologia e de seu uso, é preciso pensar as relações entre tecnologia e processo de conhecimento; tecnologia e processo criador. [...]. A cultura contemporânea, ao inter-relacionar a necessidade e expressão, criou o ambiente propício para a integração da inteligência, da emoção e da tecnologia transformando a cognição em uma forma de consumo. (BARBOSA, 2005, p. 111).





Com base na citação desta autora entende-se que as tecnologias da informação e comunicação: tecnologias contemporâneas são meios indispensáveis na educação atual, por serem produtoras de conhecimento de maneira flexível e multiplicadora que provocam um humanismo em constante construção, para responder às imponderáveis e permanentes mudanças sociais. Existem inúmeros recursos disponíveis na web, uma diversidade de espaços que proporcionam uma interação por meio da troca de informações e experiências, de discussões sobre temas de interesse comum, do desenvolvimento de atividades colaborativas envolvendo educadores, pesquisadores, especialistas, alunos e instituições, que se dedicam à produção de novos conhecimentos. São as pessoas que utilizam os espaços disponíveis na web que concretizam a interação potencializada pela tecnologia, tecem redes de significado e rompem com as paredes da sala de aula, integrando o ambiente da sala de aula, integrando o ambiente escolar à comunidade que o cerca à sociedade da informação e a outros espaços produtores de conhecimento.

A inclusão de recursos tecnológicos em sala de aula, quando bem planejada ajuda a aumentar a comunicação entre alunos e professores, e com isso, qualifica melhor o ensino, vale ressaltar, que é fundamental a capacitação de professores para trabalhar com as novas tecnologias, pois possibilita um repensar de suas práticas pedagógicas fortalecendo a ação didático-pedagógica.





































CONCLUSÃO





Mediante o exposto no corpo deste trabalho conclui-se que; na atualidade os educadores (as) precisam se libertar de modelos antigos da educação e reconhecer a necessidade de criar novos métodos, e o uso e o ato de trazer os recursos tecnológicos para dentro da sala de aula.

Os professores nesta década estão diante várias possibilidades que o ambiente virtual de aprendizagem pode oferecer, é importante que estes profissionais busquem um educar com qualidade, instigando para o respeito à diversidade cultural e de toda espécie, é necessário aprender a viver em sintonia com as novas necessidades de uma sociedade que está constantemente se modificando. Aparelhos tecnológicos como os computadores portáteis ou não e os celulares, o uso correto dessas tecnologias em sala de aula impulsiona a inteligência, criando ambientes favoráveis à aprendizagem.

O principal objetivo deste artigo foi contribuir criticamente sobre o uso das novas tecnologias pelos professores, não apenas como recursos técnicos ou como um meio que dispõe conteúdo pedagógico, mas como novos processos de aprendizagem, que favorece possibilidade de renovar ou romper com as concepções do modelo tradicional da educação.



 REFERÊNCIAS





ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação, ambientes virtuais e interatividade. In: SILVA, Marco (org.). Educação Online. São Paulo: Loyola, 2003.



BARBOSA, Ana Mae, (org.) Vários autores. Arte/ Educação Contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo. Cortez, 2005.



BRANDÃO, Edemilson. Informática e educação: uma difícil aliança. Passo Fundo: UPF, 1995.



MERCADO, Luís Paulo Leopoldo. Formação Continuada de Professores e Novas Tecnologias. Maceió: Edufal, 1999.



MORAN, José Manuel. A Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus Editora, 2007.


CULTURA POPULAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA



CULTURA POPULAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA



Zeneide Cordeiro, arte-educadora

INTRODUÇÃO





A valorização da cultura popular e da historicidade regional contribui para uma sociedade desenvolver a individualidade e a coletividade entre seus membros, fortalecendo a busca do desenvolvimento proveniente de sua própria criatividade e dos seus valores individuais e suas sociedades interagem com o mundo a sua volta.

As manifestações culturais são caracterizadas como capazes de significar e produzir significações de identidades regionais e pessoais, por produzir uma realidade nascida da ritualização da memória de um povo, com acontecimentos variados, permanecendo com o passar dos tempos, transforma-se e reconstrói a tradição, de acordo com as mudanças sociais, econômicas, étnicas e culturais.

Considerando a importância da valorização da cultura popular na formação intelectual de um indivíduo, este artigo mostra propostas sobre o tema citado para ser trabalhado em sala de aula durante as aulas de artes visuais.



CULTURA POPULAR





A cultura é um elemento constituinte básico da criação e identificação de uma comunidade é inerente ao próprio cotidiano e perpetua-se com o passar das gerações.

A cultura popular refere-se ao domínio coletivo onde o popular é igual à cultura, sua valorização é importante para uma construção identitária do sujeito social, na medida em que agrega valores de outros sujeitos permite de forma crítica trabalhar nos contrastes e diferênças. Conforme CUCHE (2002).





As culturas populares revelam-se na análise, nem inteiramente autônomas, nem pura imitação, nem pura criação, por isso elas confirmam que toda cultura particular é uma reunião de elementos originais e importantes, de invenções próprias e de empréstimos, como qualquer cultura elas são homogêneas sem ser, por esta razão, incoerentes. (CUCHE, 2007, P.3).





Nesse sentido, o conceito ganha ampliações que ultrapassa a visão de cultura como conjuntos de elementos delimitadores de diferênças entre diversos povos. O entendimento de cultura popular é um dos mecanismos necessários para a formação da identidade de uma pessoa.

A identidade de um indivíduo é caracterizada pelo conjunto de suas ações vinculadas em um sistema social. A cultura popular diversifica-se em face das mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas que ocorrem em uma nação está ligada a vida do homem em um estado dinâmico.





CULTURA POPULAR: CONTEÚDO A SER ESTUDADO NA DISCIPLINA ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA





Cultura popular e arte - educação podem adquirir significados muito diferentes, dependendo do contexto ou da sociedade a partir da qual foi pensada, numa sociedade como a brasileira, profundamente marcada por múltiplas hierarquias e desigualdades, a ideia de cultura antes tudo é associada à sofisticação, à erudição e a educação formal, uma vez aproximada à categoria popular produz uma estranha dissonância.

Para superar essa hierarquização das expressões culturais subalternas e culturais dominantes, é necessária outra visão do processo cultural como um todo, mas também da educação e da escola, valorizar a importância da cultura popular é fazê-la ocupar um lugar privilegiado de onde se pode pensar e ver criticamente os princípios sociais e a história do Brasil. Na educação brasileira falta uma hierarquização entre ensino da Arte e Arte popular nos conteúdos da história da arte, entretanto existe uma tendência de mudança em prol desse quadro, através dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, que atribuem critérios de conteúdos de arte e a importância do estudo e do respeito à diversidade cultural.

O PCN de Arte impõe uma revisão de currículo que orienta o trabalho dos professores e professoras de arte, com a intenção de ampliar e aprofundar um debate que envolve escolas, pais, governos e sociedade e dê origem a uma transformação no sistema educativo brasileiro através da valorização da importância do ensino e aprendizagem da Arte.

A educação artística deve ser uma educação de espontaneidade estética e de capacidade de criação manifestada pelo aluno, não deve ser aplicada de forma imposta de aceitação passiva de um ideal completamente elaborado.





Os parâmetros curriculares foram elaborados, procurando de um lado respeitar diversidades regionais, culturais, políticas existentes no país e, de outro considerar a necessidade de construir referências nacionais comuns no processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania. (PCN-Arte, 1998, p.5).





Nesta perspectiva é fundamental que o professor, alunos e a sociedade percebam que a arte na educação: área de conhecimento, que se refere a disciplina, é tão importante quanto qualquer outra e, requer o estabelecimento de objetivos claros, escolhas de conteúdos coerentes e planejamento adequado, de ação didática; que diz respeito a ludicidade e vivacidade da linguagem da arte.

A arte é uma linguagem manifestada desde o surgimento do homem na terra, é estruturada, modificada de acordo com diferentes culturas e épocas, de maneira singular. O conhecimento desta linguagem contribuirá para maior conhecimento do homem e do mundo, portanto, a finalidade da Arte na educação é propiciar uma relação mais consciente do homem no mundo, contribuindo na formação dos indivíduos mais críticos e criativos que, no futuro, atuarão na transformação da sociedade. Usada como estratégia didática ou área do conhecimento a arte só tem o que contribuir com o desenvolvimento da educação brasileira, embora tenha se evidenciado que há uma dificuldade dos professores em entender e trabalhar os conteúdos da disciplina Arte, tais como; poder as imagens, dos sons e movimento como fonte de conhecimentos, leitura de obras de arte, história da arte ocidental e regional.

Estes conhecimentos são importantes em sala por serem objetos facilitadores de conhecimentos de outras áreas científicas, aglutinam múltiplas formas de saber. As obras de arte além de serem objetos de apreciação estética, são o resultado de uma experiência de vida desvelada pelo processo de criação do artista e pelo sistema de signo da obra. Partilhamos da sua criação quando no momento da leitura somos interpretantes, criando signos-pensamentos, habitando a obra, recriando-a.

Ministrar aulas de arte não é só mandar um aluno fazer um desenho e pintar, ou uma colagem, uma escultura, aplicar técnicas de atividades práticas, ser professor de arte é, sobretudo ter uma grande possibilidade em ensinar atividades práticas e técnicas artísticas, com base nos conceitos da história da arte nos contextos sociais, culturais e históricos de uma sociedade e realidade do aluno. Na atualidade a escola vem se tornando o principal agente formador da criança, e tem se responsabilizado por tomar conta dessa criança, o que antes era um papel cumprido principalmente pelas famílias e depois pela escola e a comunidade. Com a maioria das mulheres trabalhando fora de casa, os resultados educacionais oriundos da pré-escola e da família ficaram definitivamente ligados. Nesse panorama, a escola passa a ser agente fundamental na formação cultural do indivíduo, enfrentando o desafio constante de reconhecer, acolher e trabalhar com as diferentes bagagens culturais que cada aluno traz consigo e que estão presentes no ambiente de sala de aula e da escola como um todo. Nesse sentido o diálogo entre diferentes culturas passa a ser fundamental para que haja troca de experiências e uma consequente ampliação do universo cultural dos alunos. ABRAMOWICZ, (2006) afirma que:





Integrar as representações culturais na aula de arte é cumprir um importante papel na difusão e socialização tanto de informações, quanto de conquistas da sensibilidade e da consciência humana. Essa estratégia pode ser capaz de favorecer o equilíbrio desejado nas chances de ampliação do conhecimento tanto individual quanto interativo. Conjugar em proporções particulares e bem dosadas o ensino da cultura popular é o mesmo que resgatar a integração do saber com prazer e sabor. (ABRAMOWICZ, 2006, p.82).





Compreende-se que é preciso repensar a formação do educador e do educando no sentido de possibilitar o conhecimento, levando em conta a totalidade do ser e do perceber a função do ensino da disciplina Arte em sala de aula deve ser tão importante como o da ciência.

BARBOSA, (2005), destaca que; “Hoje a aspiração dos arte-educadores é influir positivamente no desenvolvimento cultural dos estudantes”. Percebe-se a importância dos professores de arte em valorizar os conhecimentos culturais de cada aluno, por meio dos conhecimentos culturais dos estudantes e dos conhecimentos da arte, os alunos ganham potencialização da recepção crítica em relação a sociedade, política, cultura e arte. Através da arte, é possível desenvolver a percepção e a imaginação para apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade criadora de maneira a mudar a realidade que foi analisada. “A arte na educação, como expressão pessoal e como cultura, é um importante instrumento para identificação cultural e o desenvolvimento individual do ser humano” (BARBOSA, 2005, p.99).





























CONCLUSÃO





O objetivo desta pesquisa foi destacar a importância do estudo da cultura popular na educação básica, através da disciplina Arte.

Durante a realização deste trabalho observou-se que a cultura popular é um elemento constituinte básico da criação e identificação de uma comunidade. Apesar da sua significação e importância ainda é pouco estudada e discutida em sala de aula. Para a execução deste trabalho foram consultadas diversas bibliografias, documentários, periódicos, entrevistas em jornais e revistas, sobre cultura popular e o ensino da arte no Brasil.

A valorização da cultura popular é importante para uma construção identitária de um sujeito social, na medida em que agrega valores de outros sujeitos e permite de forma crítica trabalhar nos contrastes e diferenças.







































REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS





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BARBOSA, Ana Mae, (org.) Vários autores. Arte/ Educação Contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo. Cortez, 2005.



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Monólogo dramático