sábado, 27 de julho de 2019

Dadaísmo


O dadaísmo surgiu em 1916, por iniciativa de um grupo de artistas que não acreditavam numa sociedade que teria sido responsável pelos estragos provocados pela Primeira Guerra Mundial. A palavra dadá, significa a falta de resultado, ou seja, nada.

Esse grupo de artistas decidiram romper com todos os valores e princípios estabelecidos por ela, inclusive os princípios artísticos e estéticos da arte. O foco de difusão dessa corrente artística foi o Café Voltaire, fundado na cidade de Zurique pelo poeta Tristan Tzara, devido a publicação de diversos manifestos, o dadaísmo ficou conhecido em toda a Europa e os artistas Marcel Duchamp e Francis Picabia aderiram ao movimento.

No dadaísmo artistas plásticos e poetas trabalhavam juntos, porque o movimento propunha uma atuação interdisciplinar como a única maneira possível de renovar a criatividade nas artes. Desse modo, os dadaístas romperam com formas de pensar e fazer arte e mudou o conceito da própria arte. Os dadaístas negaram toda a autoridade crítica ou acadêmica, valorizavam toda expressão humana, inclusive a involuntária.

A arte dadaísta abriu os caminhos para movimentos vanguardistas muito importantes como o surrealismo e a arte pop.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

O expressionismo no cinema


As primeiras seções de cinema expressionista ocorreram no período de inúmeras mudanças políticas no final do século XIX, e com a fundação do Segundo Reich Alemão (1871), isto é, Império Alemão (Deutsches Reich), existente entre 1871 e 1918, e que compreendia o território alemão unificado (um pouco maior do que o atual), além de vários domínios ultramarinos espalhados pela África, Ásia e Oceania. A Prússia unificou 25 estados ao seu redor.

O governo do rei Guilherme I, não conseguiu exercer controle absoluto sobre a produção artística e cultural de todas as regiões, mesmo, oficializando em 1880 a produção de uma a pintura que glorificasse a dinastia do imperador Guilherme I. A oficialização de uma estética de pintura se deu principalmente pela presença de Anton von Werner (1843-1915), representante de uma linguagem artística voltada à representação de temas históricos.

Entretanto, o governo nem mesmo com medidas autoritárias conseguiu controlar as produções e artísticas e nesse período, surgiram as sessões, grupos artísticos independentes como: Die Brücke - A Ponte, fundado em Dresden, em 1905, e Der blaue Reiter - O Cavaleiro Azul, fundado em Munique, por volta de 1911. O círculo de A ponte, O Cavaleiro Azul.

Foi nesse contexto que o cinema expressionista surgiu na Alemanha em 1919, e forma tardia se comparada às demais artes e quando a literatura expressionista estava em declínio, o cinema acabaria falando de temas comuns aos seus antecessores, como a morte, a angústia da grande cidade e o conflito de gerações.

O aspecto mais importante do cinema expressionista foi,  inovação estética. Seus atores e diretores, a maioria oriundos do teatro, passaram a utilizar técnicas já desenvolvidas no palco, como o jogo de luzes e holofotes, presentes na maioria dos filmes. Em vez de movimentos de câmera, a iluminação de um detalhe, a aparência fantástica das sombras ou a máscara nas lentes da câmera compunham os efeitos mais frequentes. Os espelhos foram outro recurso importante (usado, por exemplo, para deformar rostos).

FONTES DE PESQUISA

CALHEIROS, Luis. As vésperas do expressionismo. Disponível em: <www.ipv.pt/millenium/16_pers2.htm>. Acesso em: 09/05/2018.

EISNER, Lotte. A tela demoníaca. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

Filmes

O estudante de Praga (Der Student von Prag, Alemanha, 1913), dirigido por Stellan Rye.

O Gabinete do Dr. Caligari (Das Kabinett des Doktor Caligari, Alemanha, 1920), dirigido por Robert Wiene.

O expressionismo no teatro


O teatro expressionista designava uma atitude moral, uma concepção do mundo e uma atitude intelectual implicando uma teoria do conhecimento, uma metafísica e uma ética. Os fundamentos do teatro expressionista são: reação contra o passado e a defesa da expressão da subjectividade.

O sentido de ruptura do teatro expressionista é presente na situação histórico-social em que o expressionismo surgiu, como: a I Primeira Guerra Mundial, desagregação do império austro-húngaro e do II Reich alemão, Revolução de Outubro na Rússia, movimentos operários e militares, revoluções alemãs de 1918 e 1919 em Berlim e Munique, transformação de um país agrícola, como a Alemanha, em estado capitalista e industrial, com as consequências da divisão de trabalho, da explosão urbana e miséria social, da exploração capitalista, da censura e da repressão.

As principais características do teatro expressionista são; oposição da realidade, renúncia a imitação do mundo exterior, expressividade exagerada de modo a atingir diretamente o público, todos os elementos da cena como artistas, cenário, luz e música causam impacto ao espectador.

No teatro expressionista os personagens mudam de identidade, podendo assumir o papel de coisas. Os artistas dramatizam o que não é real de modo que a realidade apareça distorcida. Em algumas, peças é comum a realização de sobreposições de gravações na narrativa, em um processo quase cinematográfico, para poder expor o que está pensando o personagem. Tem forte influência do romantismo, movimento artístico que no teatro valorizava um forte exagero, deformação de figuras e a busca pela expressão dos sentimentos e emoções do autor e a essência do drama se dá através da ação antinaturalista.

A noção de identidade supõe a crença numa História dotada de sentido e o Expressionismo sublinha, pelo contrário, o fim da História que Nietzsche anunciara com a “morte de Deus”. O homem moderno que se retrata neste teatro é um “ser da angústia”, como dirá Heidegger nos seus primeiros trabalhos. O inconsciente escapa-se ao indivíduo e tende ao anonimato do colectivo, como o afirma a psicanálise no seu trajecto teórico de Freud ao seu discípulo Jung.

O teatro expressionista surgiu como reação contra o realismo e o romantismo que valorizavam as aparências reais da vida material. Assim, os espetáculos expressionistas enfatizam a evolução psicológica do personagem, suas ideias de libertação e ideologias que visam transformar a sociedade. A expressão exagerada é a essência étnica e filosófica dessa corrente artística.

As primeiras produções do teatro expressionista foram: O Mendigo de Sorge, de 1912, representada somente em finais de 1917, O Filho de Hasenclever, de 1914, O Parricida de Bronnen, de 1913, A Família de F. von Unruh, de 1915, Batalha Naval de Göring, de 1917, as peças de Georg Kaiser, escritas a partir de 1916, sobretudo Gás, Um Dia de Outubro e Da Aurora à Meia-Noite. Referem-se como as últimas produções do drama expressionista as peças O Homem-Massa de Toller, de 1920, Hinker-mann, Os Homens e A Escolha de Hasenclever, e também Tambores na Noite de Brecht, representada em 1922, ou, para outros, Baal, do mesmo Brecht, representada em 1923, que o autor afirma, aliás, ter escrito (em 1919) contra o idealismo da peça O Soli-tário de Hans Johst.

A trama expressionista se designa predominantemente com o monólogo lírico-dramático, a balada dramáti-ca, a par da utilização em simultâneo de prosa e ver-so e de “Songs”, uma técnica usada no cabaret e muito frequente nos populares espectáculos de Wedekind. É igualmente recorrente o recurso a um narrador, com funções de condutor da ação, ecurso à técnica cinemática da “montagem”, isto é, a justaposição, surpreendente, de factos retira-dos do seu contexto próprio.


FONTE DE PESQUISA


CALHEIROS, Luis. As vésperas do expressionismo. Disponível em: <www.ipv.pt/millenium/16_pers2.htm>. Acesso em: 09/05/2018.
EISNER, Lotte. A tela demoníaca. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
Filmes
O estudante de Praga (Der Student von Prag, Alemanha, 1913), dirigido por Stellan Rye.
O Gabinete do Dr. Caligari (Das Kabinett des Doktor Caligari, Alemanha, 1920), dirigido por Robert Wiene.

O expressionismo na literatura


A literatura expressionista se manifesta com a fundação de Der Sturn que traduzida para o português significa A tempestade, uma revista dirigida por Herwart Walden. Por meio dessa revista a literatura expressionista obteve seu auge e a maioria dos artistas da época participaram dessa corrente.

A literatura expressionista se caracteriza como a presença da subjetividade do escritor, despreocupação quanto a organização do texto em estrofes onde há análise do subconsciente dos personagens, metáforas exageradas e as vezes grotescas, linguagem direta, frases curtas e rompimento da lógica interior iguais as estéticas literárias anteriores.

Autores e obras do Expressionismo brasileiro:

Mário de Andrade: Paulicéia Desvairada; Lira Paulistana; Contos Novos; Amar, Verbo Intransitivo; Macunaíma; A Escrava que não é Isaura; Os Filhos da Candinha.

Oswald de Andrade: Pau-Brasil; Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade; Os Condenados; Memórias Sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande; O Rei da Vela; Um Homem sem Profissão.

Nelson Rodrigues: dramaturgo que apresentava características expressionistas em seus textos e em suas peças teatrais.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Expressionismo - pintura


O expressionismo na pintura busca representar à expressão do irracional, dos impulsos e das paixões individuais, nas suas obras não há preocupação em relação à objetividade, mas, sim a reflexão individual e subjetiva dos artistas. Há um distanciamento da figuratividade, o uso de traços e cores fortes, a imitação das artes primitivas, etc.

No Brasil o expressionismo influenciou e impulsionou o movimento modernista através do desejo intenso de pesquisar e representar nossa vida social, cultural e espiritual.

Principais artistas brasileiros que apresentam características expressionistas em suas criações são:

Anita Malfatti: Sua arte era livre das limitações impostas pelo academicismo.

Cândido Portinari: Expressava através de suas obras o papel que os artistas da época se propunham: denunciar as desigualdades da sociedade brasileira e as consequências desse desequilíbrio

Osvaldo Goeldi: Autor de diversas gravuras. Dedicou-se a xilogravura gravura em madeira.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Expressionismo


As ideias expressionistas foram empregadas em 1911, na revista Der Sturm, que significa A tempestade, no sentido de expressar uma oposição ao impressionismo francês. Não foi por acaso que o expressionismo surgiu às vésperas da Primeira Guerra Mundial.

Seu surgimento foi quando o império alemão, acompanhando toda a Europa, caminhava para a “fase superior do capitalismo”, o imperialismo. Essa foi uma época de crises e revoluções. O mundo ocidental estava dominado pela grande burguesia, militares e nobres, que na arte encontrava sua representação em uma estética autoritária, acadêmica e oficializada.

A origem do expressionismo está relacionada também com grupos artísticos independentes, principalmente Die Brücke - A Ponte, fundado em Dresden, em 1905, e Der blaue Reiter - O Cavaleiro Azul, fundado em Munique, por volta de 1911.

O círculo de A ponte foi especialmente influenciado pelo avanço das artes gráficas, daí seus primeiros experimentos terem sido, além da pintura, a xilogravura. O contraste claro-escuro e a “violência” contra a madeira são elementos que fizeram desta técnica uma das mais usadas pelos expressionistas.

O Cavaleiro Azul caracterizava-se pela ênfase no aspecto espiritual, distante das provocações dos artistas de A Ponte, que caracterizavam como exageradas. O representante mais conhecido de O Cavaleiro Azul foi Wassily Kandisky (1866-1944), para o qual as artes plásticas não deveriam mais ter como objetivo a ênfase nos valores de uma sociedade “morta pelo materialismo”.

Esse movimento se desenvolveu na Alemanha no período após a I Guerra Mundial e, foi um grande instrumento de denúncias sociais e na América Latina, o expressionismo se desenvolveu como forma de protesto político.

Inconformados com o que estava ocorrendo no mundo, uma geração de artista começou a protestar contra os valores herdados por um século daquela sociedade autoritária.

Inicialmente os artistas expressionistas eram mais simpáticos aos marginais da sociedade burguesa (prostitutas, ladrões, mendigos etc. Na medida que as revoluções foram avançando pelo mundo os expressionistas foram se aproximando da classe trabalhadora, ou seja, do proletariado. Alguns, artistas s participaram das lutas ao lado dos trabalhadores.

O expressionismo pode ser dividido em três fases, sendo que, suas primeiras manifestações na literatura e nas artes plásticas.

A primeira fase, entre 1910 e 1914, chamada “expressionismo precoce”, foi a que pretendeu romper com os modelos estéticos e de pensamento anteriores, por isso também chamada de fase do “destrucionismo”.

A segunda fase, entre 1914 e 1918, o “alto-expressionismo”, ocorrida exatamente durante a guerra, é considerada uma fase de maturidade e auge de criação, sendo uma época fortemente marcada pela busca de alternativas e saídas para a humanidade.

A terceira fase (1918-25), chamada de “expressionismo tardio”, quando o expressionismo chegou a outras artes, é considerada a de mais difícil periodização por conta da diversidade que marcou essa época

O período de colapso do expressionismo ocorreu com a ascensão do nazismo em 1933 ao poder na Alemanha, esse período, de certa forma marca o final do expressionismo.


FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Futurismo


Futurismo foi um movimento artístico e literário que oficialmente foi criado em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do manifesto futurista do poeta italiano Filippo Marinnetti, no jornal francês Le Figaro.

O manifesto futurista apresentava um novo tipo de beleza baseado na velocidade e no aumento da violência. O slogan dos artistas futuristas era liberdade para as palavras e considerava o design tipográfico da época como forma de comunicação. O novo era a característica principal do movimento que chegou a propor a destruição de museus, cidades e monumentos antigos. Além disso, acreditavam que a guerra era uma forma de higienizar o mundo.

O movimento futurista teve expressão em diversas artes e influenciou a criação de novos movimentos artísticos. Repercutiu principalmente, na França e na Itália onde vários artistas, dentre eles, Filippo Marinetti se identificaram com o fascismo. O futurismo enfraqueceu depois da I Guerra Mundial, mas, influenciou o dadaísmo, no concretismo, no tipografismo moderno e no design gráfico pós-moderno.

A pintura futurista foi influenciada pelo cubismo e do abstracionismo, mas, utilizava cores vivas e vibrantes e sobreposição de imagens para dar a ideia de dinamismo.

Na literatura as principais manifestações ocorreram na poesia italiana que se dedicava as causas políticas, a linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para exprimir a ideia de velocidade.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Monólogo dramático