As ideias expressionistas foram empregadas em 1911, na
revista Der Sturm, que significa A tempestade, no sentido de expressar uma
oposição ao impressionismo francês. Não foi por acaso que o expressionismo
surgiu às vésperas da Primeira Guerra Mundial.
Seu surgimento foi quando o império alemão, acompanhando
toda a Europa, caminhava para a “fase superior do capitalismo”, o imperialismo.
Essa foi uma época de crises e revoluções. O mundo ocidental estava dominado
pela grande burguesia, militares e nobres, que na arte encontrava sua
representação em uma estética autoritária, acadêmica e oficializada.
A origem do expressionismo está relacionada também com grupos
artísticos independentes, principalmente Die Brücke - A Ponte, fundado em
Dresden, em 1905, e Der blaue Reiter - O Cavaleiro Azul, fundado em Munique,
por volta de 1911.
O círculo de A ponte foi especialmente influenciado pelo
avanço das artes gráficas, daí seus primeiros experimentos terem sido, além da
pintura, a xilogravura. O contraste claro-escuro e a “violência” contra a
madeira são elementos que fizeram desta técnica uma das mais usadas pelos
expressionistas.
O Cavaleiro Azul caracterizava-se pela ênfase no aspecto
espiritual, distante das provocações dos artistas de A Ponte, que
caracterizavam como exageradas. O representante mais conhecido de O Cavaleiro
Azul foi Wassily Kandisky (1866-1944), para o qual as artes plásticas não
deveriam mais ter como objetivo a ênfase nos valores de uma sociedade “morta
pelo materialismo”.
Esse movimento se desenvolveu na Alemanha no período após a
I Guerra Mundial e, foi um grande instrumento de denúncias sociais e na América
Latina, o expressionismo se desenvolveu como forma de protesto político.
Inconformados com o que estava ocorrendo no mundo, uma
geração de artista começou a protestar contra os valores herdados por um século
daquela sociedade autoritária.
Inicialmente os artistas expressionistas eram mais
simpáticos aos marginais da sociedade burguesa (prostitutas, ladrões, mendigos
etc. Na medida que as revoluções foram avançando pelo mundo os expressionistas
foram se aproximando da classe trabalhadora, ou seja, do proletariado. Alguns,
artistas s participaram das lutas ao lado dos trabalhadores.
O expressionismo pode ser dividido em três fases, sendo que,
suas primeiras manifestações na literatura e nas artes plásticas.
A primeira fase, entre 1910 e 1914, chamada “expressionismo
precoce”, foi a que pretendeu romper com os modelos estéticos e de pensamento
anteriores, por isso também chamada de fase do “destrucionismo”.
A segunda fase, entre 1914 e 1918, o “alto-expressionismo”,
ocorrida exatamente durante a guerra, é considerada uma fase de maturidade e
auge de criação, sendo uma época fortemente marcada pela busca de alternativas
e saídas para a humanidade.
A terceira fase (1918-25), chamada de “expressionismo
tardio”, quando o expressionismo chegou a outras artes, é considerada a de mais
difícil periodização por conta da diversidade que marcou essa época
O período de colapso do expressionismo ocorreu com a ascensão
do nazismo em 1933 ao poder na Alemanha, esse período, de certa forma marca o
final do expressionismo.
FONTE DE PESQUISA
ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e
Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso
em: 09 de Jul. 2019.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos
movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São
Paulo: Companhia das Letras, 1992.
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