As primeiras seções de cinema expressionista ocorreram no
período de inúmeras mudanças políticas no final do século XIX, e com a fundação
do Segundo Reich Alemão (1871), isto é, Império Alemão (Deutsches Reich),
existente entre 1871 e 1918, e que compreendia o território alemão unificado
(um pouco maior do que o atual), além de vários domínios ultramarinos
espalhados pela África, Ásia e Oceania. A Prússia unificou 25 estados ao seu
redor.
O governo do rei Guilherme I, não conseguiu exercer controle
absoluto sobre a produção artística e cultural de todas as regiões, mesmo,
oficializando em 1880 a produção de uma a pintura que glorificasse a dinastia
do imperador Guilherme I. A oficialização de uma estética de pintura se deu principalmente
pela presença de Anton von Werner (1843-1915), representante de uma linguagem
artística voltada à representação de temas históricos.
Entretanto, o governo nem mesmo com medidas autoritárias
conseguiu controlar as produções e artísticas e nesse período, surgiram as
sessões, grupos artísticos independentes como: Die Brücke - A Ponte, fundado em
Dresden, em 1905, e Der blaue Reiter - O Cavaleiro Azul, fundado em Munique,
por volta de 1911. O círculo de A ponte, O Cavaleiro Azul.
Foi nesse contexto que o cinema expressionista surgiu na
Alemanha em 1919, e forma tardia se comparada às demais artes e quando a
literatura expressionista estava em declínio, o cinema acabaria falando de
temas comuns aos seus antecessores, como a morte, a angústia da grande cidade e
o conflito de gerações.
O aspecto mais importante do cinema expressionista foi, inovação estética. Seus atores e diretores, a
maioria oriundos do teatro, passaram a utilizar técnicas já desenvolvidas no
palco, como o jogo de luzes e holofotes, presentes na maioria dos filmes. Em
vez de movimentos de câmera, a iluminação de um detalhe, a aparência fantástica
das sombras ou a máscara nas lentes da câmera compunham os efeitos mais
frequentes. Os espelhos foram outro recurso importante (usado, por exemplo,
para deformar rostos).
FONTES DE PESQUISA
CALHEIROS, Luis. As
vésperas do expressionismo. Disponível em:
<www.ipv.pt/millenium/16_pers2.htm>. Acesso em: 09/05/2018.
EISNER, Lotte. A tela
demoníaca. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
Filmes
O estudante de Praga
(Der Student von Prag, Alemanha, 1913), dirigido por Stellan Rye.
O Gabinete do Dr.
Caligari (Das Kabinett des Doktor Caligari, Alemanha, 1920), dirigido por
Robert Wiene.
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