sábado, 27 de julho de 2019

Surrealismo


O termo surrealismo, foi criado por André Breton com base na ideia de estado de fantasia supernaturalista de Guillaume Apollinaire, traz um sentido de afastamento da realidade comum que o movimento surrealista celebra desde seu primeiro manifesto em 1924.

André Breton, autor do manifesto, o objetivo do manifesto é resolver a contradição entre sonho e realidade pela criação de uma realidade absoluta, uma supra-realidade. A importância do mundo onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada no texto, se relaciona diretamente ao uso livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud e da psicanálise, permitindo-lhes explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.

O caráter anti-racionalista do surrealismo coloca-o em posição diametralmente oposta das tendências construtivas e formalistas na arte que florescem na Europa após a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918, e das tendências ligadas ao chamado retorno à ordem. Como vertente crítica de origem francesa, o surrealismo aparece como alternativa ao cubismo, alimentado pela retomada das matrizes românticas francesa e alemã, do simbolismo, da pintura metafísica italiana Giorgio de Chirico, principalmente - e do caráter irreverente e dessacralizador do dadaísmo, do qual vem parte dos surrealistas. Como o movimento dada, o surrealismo apresenta-se como crítica cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, passados e presentes.

Na contestação radical de valores que empreende, faz uso de variados canais de expressão - revistas, manifestos, exposições e outros -, mobiliza diferentes modalidades artísticas como escultura, literatura, pintura, fotografia, artes gráficas e cinema.

A crítica à racionalidade burguesa em favor do maravilhoso, do fantástico e dos sonhos reúne artistas de feições muito variadas. Na literatura, além de Breton, Louis Aragon, Philippe Soupault, Georges Bataille, Michel Leiris, Max Jacob entre outros. Nas artes plásticas, René Magritte, André Masson, Joán Miró, Max Ernst, Salvador Dalí, e outros.

Na fotografia, Man Ray, Dora Maar, Brasaï. No cinema, Luis Buñuel. Certos temas e imagens são obsessivamente tratados por eles, com soluções distintas, como, por exemplo, o sexo e o erotismo; o corpo, suas mutilações e metamorfoses; o manequim e a boneca; a violência, a dor e a loucura; as civilizações primitivas; e o mundo da máquina. Esse amplo repertório de temas e imagens encontra-se traduzido nas obras por procedimentos e métodos pensados como capazes de driblar os controles conscientes do artista, portanto, responsáveis pela liberação de imagens e impulsos primitivos.

A escrita e a pintura automáticas, fartamente utilizadas, são formas de transcrição imediata do inconsciente, pela expressão do funcionamento real do pensamento como, os desenhos produzidos coletivamente entre 1926 e 1927 por Man Ray, Yves Tanguy, Miró e Max Morise, com o título O Cadáver Requintado). A frottage [fricção] desenvolvida por Ernst faz parte das técnicas automáticas de produção. Trata-se de esfregar lápis ou crayon sobre uma superfície áspera ou texturizada para "provocar" imagens, resultados aleatórios do processo, como a série de desenhos História Natural, realizada entre 1924 e 1927.

As colagens e assemblages constituem mais uma expressão caraterística da lógica de produção surrealista, ancorada na idéia de acaso e de escolha aleatória, princípio central de criação para os dadaístas. A célebre frase de Lautréamont é tomada como inspiração forte: Belo como o encontro casual entre uma máquina de costura e um guarda-chuva numa mesa de dissecção.

A sugestão do escritor se faz notar na justaposição de objetos desconexos e nas associações à primeira vista impossíveis, que particularizam as colagens e objetos surrealistas. Que dizer de um ferro de passar cheio de pregos, de uma xícara de chá coberta de peles ou de uma bola suspensa por corda de violino? Dalí radicaliza a idéia de libertação dos instintos e impulsos contra qualquer controle racional pela defesa do método da paranóia crítica, forma de tornar o delírio um mecanismo produtivo, criador.

A crítica cultural empreendida pelos surrealistas, baseada nas articulações arte/inconsciente e arte/política, deixa entrever sua ambição revolucionária e subversiva, amparada na psicanálise - contra a repressão dos instintos - e na idéia de revolução oriunda do marxismo (contra a dominação burguesa). As relações controversas do grupo com a política aparecem na adesão de alguns ao trotskismo (Breton, por exemplo) e nas posições reacionárias de outros, como Dalí.

A difusão do surrealismo pela Europa e Estados Unidos faz-se rapidamente. É possível rastreá-lo em esculturas de artistas díspares como Alberto Giacometti, Alexander Calder, Hans Arp e Henry Spencer Moore.

Na Bélgica, Romênia e Alemanha ecos surrealistas vibram em obras de Paul Delvaux, Victor Brauner e Hans Bellmer, respectivamente. Na América do Sul e no Caribe, o chileno Roberto Matta e o cubano Wifredo Lam devem ser lembrados como afinados com o movimento.

Nos Estados Unidos, o surrealismo é fonte de inspiração para o expressionismo abstrato e a arte pop.

No Brasil especificamente o surrealismo reverbera em obras variadas como as de Ismael Nery e Cicero Dias, assim como nas fotomontagens de Jorge de Lima. Nos dias atuais artistas continuam a tirar proveito das lições surrealistas.



FONTES DE PESQUISA

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

FER, Briony, BATCHELOR, David, WOOD, Paul. Realismo, Racionalismo, Surrealismo: a arte no entre-guerras. Tradução Cristina Fino. São Paulo: Cosac & Naify, 1998. (Arte Moderna : práticas e debates, 3).

SURREALISMO . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3650/surrealismo>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

Dadaísmo


O dadaísmo surgiu em 1916, por iniciativa de um grupo de artistas que não acreditavam numa sociedade que teria sido responsável pelos estragos provocados pela Primeira Guerra Mundial. A palavra dadá, significa a falta de resultado, ou seja, nada.

Esse grupo de artistas decidiram romper com todos os valores e princípios estabelecidos por ela, inclusive os princípios artísticos e estéticos da arte. O foco de difusão dessa corrente artística foi o Café Voltaire, fundado na cidade de Zurique pelo poeta Tristan Tzara, devido a publicação de diversos manifestos, o dadaísmo ficou conhecido em toda a Europa e os artistas Marcel Duchamp e Francis Picabia aderiram ao movimento.

No dadaísmo artistas plásticos e poetas trabalhavam juntos, porque o movimento propunha uma atuação interdisciplinar como a única maneira possível de renovar a criatividade nas artes. Desse modo, os dadaístas romperam com formas de pensar e fazer arte e mudou o conceito da própria arte. Os dadaístas negaram toda a autoridade crítica ou acadêmica, valorizavam toda expressão humana, inclusive a involuntária.

A arte dadaísta abriu os caminhos para movimentos vanguardistas muito importantes como o surrealismo e a arte pop.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

O expressionismo no cinema


As primeiras seções de cinema expressionista ocorreram no período de inúmeras mudanças políticas no final do século XIX, e com a fundação do Segundo Reich Alemão (1871), isto é, Império Alemão (Deutsches Reich), existente entre 1871 e 1918, e que compreendia o território alemão unificado (um pouco maior do que o atual), além de vários domínios ultramarinos espalhados pela África, Ásia e Oceania. A Prússia unificou 25 estados ao seu redor.

O governo do rei Guilherme I, não conseguiu exercer controle absoluto sobre a produção artística e cultural de todas as regiões, mesmo, oficializando em 1880 a produção de uma a pintura que glorificasse a dinastia do imperador Guilherme I. A oficialização de uma estética de pintura se deu principalmente pela presença de Anton von Werner (1843-1915), representante de uma linguagem artística voltada à representação de temas históricos.

Entretanto, o governo nem mesmo com medidas autoritárias conseguiu controlar as produções e artísticas e nesse período, surgiram as sessões, grupos artísticos independentes como: Die Brücke - A Ponte, fundado em Dresden, em 1905, e Der blaue Reiter - O Cavaleiro Azul, fundado em Munique, por volta de 1911. O círculo de A ponte, O Cavaleiro Azul.

Foi nesse contexto que o cinema expressionista surgiu na Alemanha em 1919, e forma tardia se comparada às demais artes e quando a literatura expressionista estava em declínio, o cinema acabaria falando de temas comuns aos seus antecessores, como a morte, a angústia da grande cidade e o conflito de gerações.

O aspecto mais importante do cinema expressionista foi,  inovação estética. Seus atores e diretores, a maioria oriundos do teatro, passaram a utilizar técnicas já desenvolvidas no palco, como o jogo de luzes e holofotes, presentes na maioria dos filmes. Em vez de movimentos de câmera, a iluminação de um detalhe, a aparência fantástica das sombras ou a máscara nas lentes da câmera compunham os efeitos mais frequentes. Os espelhos foram outro recurso importante (usado, por exemplo, para deformar rostos).

FONTES DE PESQUISA

CALHEIROS, Luis. As vésperas do expressionismo. Disponível em: <www.ipv.pt/millenium/16_pers2.htm>. Acesso em: 09/05/2018.

EISNER, Lotte. A tela demoníaca. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

Filmes

O estudante de Praga (Der Student von Prag, Alemanha, 1913), dirigido por Stellan Rye.

O Gabinete do Dr. Caligari (Das Kabinett des Doktor Caligari, Alemanha, 1920), dirigido por Robert Wiene.

O expressionismo no teatro


O teatro expressionista designava uma atitude moral, uma concepção do mundo e uma atitude intelectual implicando uma teoria do conhecimento, uma metafísica e uma ética. Os fundamentos do teatro expressionista são: reação contra o passado e a defesa da expressão da subjectividade.

O sentido de ruptura do teatro expressionista é presente na situação histórico-social em que o expressionismo surgiu, como: a I Primeira Guerra Mundial, desagregação do império austro-húngaro e do II Reich alemão, Revolução de Outubro na Rússia, movimentos operários e militares, revoluções alemãs de 1918 e 1919 em Berlim e Munique, transformação de um país agrícola, como a Alemanha, em estado capitalista e industrial, com as consequências da divisão de trabalho, da explosão urbana e miséria social, da exploração capitalista, da censura e da repressão.

As principais características do teatro expressionista são; oposição da realidade, renúncia a imitação do mundo exterior, expressividade exagerada de modo a atingir diretamente o público, todos os elementos da cena como artistas, cenário, luz e música causam impacto ao espectador.

No teatro expressionista os personagens mudam de identidade, podendo assumir o papel de coisas. Os artistas dramatizam o que não é real de modo que a realidade apareça distorcida. Em algumas, peças é comum a realização de sobreposições de gravações na narrativa, em um processo quase cinematográfico, para poder expor o que está pensando o personagem. Tem forte influência do romantismo, movimento artístico que no teatro valorizava um forte exagero, deformação de figuras e a busca pela expressão dos sentimentos e emoções do autor e a essência do drama se dá através da ação antinaturalista.

A noção de identidade supõe a crença numa História dotada de sentido e o Expressionismo sublinha, pelo contrário, o fim da História que Nietzsche anunciara com a “morte de Deus”. O homem moderno que se retrata neste teatro é um “ser da angústia”, como dirá Heidegger nos seus primeiros trabalhos. O inconsciente escapa-se ao indivíduo e tende ao anonimato do colectivo, como o afirma a psicanálise no seu trajecto teórico de Freud ao seu discípulo Jung.

O teatro expressionista surgiu como reação contra o realismo e o romantismo que valorizavam as aparências reais da vida material. Assim, os espetáculos expressionistas enfatizam a evolução psicológica do personagem, suas ideias de libertação e ideologias que visam transformar a sociedade. A expressão exagerada é a essência étnica e filosófica dessa corrente artística.

As primeiras produções do teatro expressionista foram: O Mendigo de Sorge, de 1912, representada somente em finais de 1917, O Filho de Hasenclever, de 1914, O Parricida de Bronnen, de 1913, A Família de F. von Unruh, de 1915, Batalha Naval de Göring, de 1917, as peças de Georg Kaiser, escritas a partir de 1916, sobretudo Gás, Um Dia de Outubro e Da Aurora à Meia-Noite. Referem-se como as últimas produções do drama expressionista as peças O Homem-Massa de Toller, de 1920, Hinker-mann, Os Homens e A Escolha de Hasenclever, e também Tambores na Noite de Brecht, representada em 1922, ou, para outros, Baal, do mesmo Brecht, representada em 1923, que o autor afirma, aliás, ter escrito (em 1919) contra o idealismo da peça O Soli-tário de Hans Johst.

A trama expressionista se designa predominantemente com o monólogo lírico-dramático, a balada dramáti-ca, a par da utilização em simultâneo de prosa e ver-so e de “Songs”, uma técnica usada no cabaret e muito frequente nos populares espectáculos de Wedekind. É igualmente recorrente o recurso a um narrador, com funções de condutor da ação, ecurso à técnica cinemática da “montagem”, isto é, a justaposição, surpreendente, de factos retira-dos do seu contexto próprio.


FONTE DE PESQUISA


CALHEIROS, Luis. As vésperas do expressionismo. Disponível em: <www.ipv.pt/millenium/16_pers2.htm>. Acesso em: 09/05/2018.
EISNER, Lotte. A tela demoníaca. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
Filmes
O estudante de Praga (Der Student von Prag, Alemanha, 1913), dirigido por Stellan Rye.
O Gabinete do Dr. Caligari (Das Kabinett des Doktor Caligari, Alemanha, 1920), dirigido por Robert Wiene.

O expressionismo na literatura


A literatura expressionista se manifesta com a fundação de Der Sturn que traduzida para o português significa A tempestade, uma revista dirigida por Herwart Walden. Por meio dessa revista a literatura expressionista obteve seu auge e a maioria dos artistas da época participaram dessa corrente.

A literatura expressionista se caracteriza como a presença da subjetividade do escritor, despreocupação quanto a organização do texto em estrofes onde há análise do subconsciente dos personagens, metáforas exageradas e as vezes grotescas, linguagem direta, frases curtas e rompimento da lógica interior iguais as estéticas literárias anteriores.

Autores e obras do Expressionismo brasileiro:

Mário de Andrade: Paulicéia Desvairada; Lira Paulistana; Contos Novos; Amar, Verbo Intransitivo; Macunaíma; A Escrava que não é Isaura; Os Filhos da Candinha.

Oswald de Andrade: Pau-Brasil; Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade; Os Condenados; Memórias Sentimentais de João Miramar; Serafim Ponte Grande; O Rei da Vela; Um Homem sem Profissão.

Nelson Rodrigues: dramaturgo que apresentava características expressionistas em seus textos e em suas peças teatrais.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Expressionismo - pintura


O expressionismo na pintura busca representar à expressão do irracional, dos impulsos e das paixões individuais, nas suas obras não há preocupação em relação à objetividade, mas, sim a reflexão individual e subjetiva dos artistas. Há um distanciamento da figuratividade, o uso de traços e cores fortes, a imitação das artes primitivas, etc.

No Brasil o expressionismo influenciou e impulsionou o movimento modernista através do desejo intenso de pesquisar e representar nossa vida social, cultural e espiritual.

Principais artistas brasileiros que apresentam características expressionistas em suas criações são:

Anita Malfatti: Sua arte era livre das limitações impostas pelo academicismo.

Cândido Portinari: Expressava através de suas obras o papel que os artistas da época se propunham: denunciar as desigualdades da sociedade brasileira e as consequências desse desequilíbrio

Osvaldo Goeldi: Autor de diversas gravuras. Dedicou-se a xilogravura gravura em madeira.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Expressionismo


As ideias expressionistas foram empregadas em 1911, na revista Der Sturm, que significa A tempestade, no sentido de expressar uma oposição ao impressionismo francês. Não foi por acaso que o expressionismo surgiu às vésperas da Primeira Guerra Mundial.

Seu surgimento foi quando o império alemão, acompanhando toda a Europa, caminhava para a “fase superior do capitalismo”, o imperialismo. Essa foi uma época de crises e revoluções. O mundo ocidental estava dominado pela grande burguesia, militares e nobres, que na arte encontrava sua representação em uma estética autoritária, acadêmica e oficializada.

A origem do expressionismo está relacionada também com grupos artísticos independentes, principalmente Die Brücke - A Ponte, fundado em Dresden, em 1905, e Der blaue Reiter - O Cavaleiro Azul, fundado em Munique, por volta de 1911.

O círculo de A ponte foi especialmente influenciado pelo avanço das artes gráficas, daí seus primeiros experimentos terem sido, além da pintura, a xilogravura. O contraste claro-escuro e a “violência” contra a madeira são elementos que fizeram desta técnica uma das mais usadas pelos expressionistas.

O Cavaleiro Azul caracterizava-se pela ênfase no aspecto espiritual, distante das provocações dos artistas de A Ponte, que caracterizavam como exageradas. O representante mais conhecido de O Cavaleiro Azul foi Wassily Kandisky (1866-1944), para o qual as artes plásticas não deveriam mais ter como objetivo a ênfase nos valores de uma sociedade “morta pelo materialismo”.

Esse movimento se desenvolveu na Alemanha no período após a I Guerra Mundial e, foi um grande instrumento de denúncias sociais e na América Latina, o expressionismo se desenvolveu como forma de protesto político.

Inconformados com o que estava ocorrendo no mundo, uma geração de artista começou a protestar contra os valores herdados por um século daquela sociedade autoritária.

Inicialmente os artistas expressionistas eram mais simpáticos aos marginais da sociedade burguesa (prostitutas, ladrões, mendigos etc. Na medida que as revoluções foram avançando pelo mundo os expressionistas foram se aproximando da classe trabalhadora, ou seja, do proletariado. Alguns, artistas s participaram das lutas ao lado dos trabalhadores.

O expressionismo pode ser dividido em três fases, sendo que, suas primeiras manifestações na literatura e nas artes plásticas.

A primeira fase, entre 1910 e 1914, chamada “expressionismo precoce”, foi a que pretendeu romper com os modelos estéticos e de pensamento anteriores, por isso também chamada de fase do “destrucionismo”.

A segunda fase, entre 1914 e 1918, o “alto-expressionismo”, ocorrida exatamente durante a guerra, é considerada uma fase de maturidade e auge de criação, sendo uma época fortemente marcada pela busca de alternativas e saídas para a humanidade.

A terceira fase (1918-25), chamada de “expressionismo tardio”, quando o expressionismo chegou a outras artes, é considerada a de mais difícil periodização por conta da diversidade que marcou essa época

O período de colapso do expressionismo ocorreu com a ascensão do nazismo em 1933 ao poder na Alemanha, esse período, de certa forma marca o final do expressionismo.


FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Futurismo


Futurismo foi um movimento artístico e literário que oficialmente foi criado em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do manifesto futurista do poeta italiano Filippo Marinnetti, no jornal francês Le Figaro.

O manifesto futurista apresentava um novo tipo de beleza baseado na velocidade e no aumento da violência. O slogan dos artistas futuristas era liberdade para as palavras e considerava o design tipográfico da época como forma de comunicação. O novo era a característica principal do movimento que chegou a propor a destruição de museus, cidades e monumentos antigos. Além disso, acreditavam que a guerra era uma forma de higienizar o mundo.

O movimento futurista teve expressão em diversas artes e influenciou a criação de novos movimentos artísticos. Repercutiu principalmente, na França e na Itália onde vários artistas, dentre eles, Filippo Marinetti se identificaram com o fascismo. O futurismo enfraqueceu depois da I Guerra Mundial, mas, influenciou o dadaísmo, no concretismo, no tipografismo moderno e no design gráfico pós-moderno.

A pintura futurista foi influenciada pelo cubismo e do abstracionismo, mas, utilizava cores vivas e vibrantes e sobreposição de imagens para dar a ideia de dinamismo.

Na literatura as principais manifestações ocorreram na poesia italiana que se dedicava as causas políticas, a linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para exprimir a ideia de velocidade.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Cubismo


Foi uma corrente artística entre 1907 a 1914, tendo na pintura seus principais representantes: Pablo Picasso, Fernand Léger, André de Lothe, Juan Gris e Georges Braque. A pintura cubista tinha como objetivo promover a decomposição, a fragmentação e a geometrização das formas. Os objetos eram representados de vários ângulos.

Na literatura cubista há uma fragmentação da realidade por meio da linguagem retratada pelo uso das palavras disposta de maneira simultânea na tentativa de formar uma imagem. Os principais escritores cubistas foram: Apollinaire e Cendras.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Fovismo


É uma corrente artística na pintura que tem como principal característica a máxima expressão pictórica em que as cores são utilizadas com intensidade. O nome dessa corrente foi dado pelo crítico de artes Louis Vauxcelles quando foi visitar o Salão de Outono em Paris no ano de 1905, e tinha uma sala onde haviam várias obras de arte que embora tivessem sido aceitas pelo salão, o curador não havia gostado. O curador é a pessoa que pensa e organiza a exposição. Quando Louis Vauxcelles entrou nessa sala ficou aterrorizado ao ver uma escultura clássica do lado de uma série de pinturas então disse: Donatello está sentado rodeado de fauves termo que em português significa fera ou animal selvagem. Os artistas gostaram dessa expressão e se intitularam fauvistas.

Para os artistas fauvistas o ato de criar é considerar os impulsos dos instintos e das sensações primárias, há uma simplificação das formas, seus temas eram leves e sem intensão de crítica, as pinturas revelavam somente expressões e alegria de viver. As cores eram utilizadas puras para delimitar planos, criar perspectiva e modelar o volume.

Participaram do movimento fauvista os pintores: Henri Matisse, Maurice de Vlaminck, André Derain e Othon Friesz.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Vanguardas artísticas


As vanguardas foram movimentos culturais que surgiram na Europa no início do século XX, dando início a uma série de rupturas estéticas nas artes. Surgiram diversas tendências principalmente, manifestos que mostravam o contraste social da época, de um lado estavam os burgueses, capitalistas que desejavam o avanço da industrialização e, do outro lado o proletariado, ou seja, o trabalhador das fábricas, trabalhadores pobres e desempregados. Os principais movimentos foram: fauvismo, futurismo, expressionismo, cubismo, dadaísmo e surrealismo. São chamados de vanguardas europeias, por se tratarem de movimentos pioneiros da arte e por terem se originado na Europa.

O contexto histórico no qual surgiram as vanguardas artísticas

Nesse período, a Europa vivenciava o progresso industrial, os avanços tecnológicos, descobertas científicas e médicas como: a eletricidade, o telefone, o rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo e o aumento da produção de enlatados, calçados, roupas, etc., em massa. Esses avanços provocaram uma maior competitividade entre os mercados financeiro, isto é, fornecedores e compradores, provocaram conflitos étnicos regionais e disputas territoriais de tal modo que ocasionou a I Guerra Mundial.

Enquanto a Europa se industrializava, o Brasil passou de escravocrata para mão-de-obra-livre e da monarquia para a república.

FONTE DE PESQUISA

ARTE Moderna. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Arte Moderna


Texto adaptado do artigo Arte Moderna publicado no site: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo355/arte-moderna>. Acesso em: 09 de Jul. 2019.

O período comumente apresentado por estudiosos da história da arte como o início da arte moderna é o século XIX na França.

Nessa época, a experiência urbana ligada à multidão, ao anonimato, ao contingente e ao transitório é enfatizada pelo poeta e crítico francês Charles Baudelaire (1821-1867) como o núcleo da vida e da arte modernas.

O moderno não se define pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna, mas por uma nova atitude e consciência da modernidade, declara Baudelaire, em 1863, ao comentar a pintura de Constantin Guys (1802-1892). A modernização de Paris - traduzida nas reformas urbanas implementadas por Haussmann, entre 1853 e 1870 - relaciona-se diretamente à sociedade burguesa que se define ao longo das revoluções de 1830 e 1848.

A ascensão da burguesia traz consigo a indústria moderna, o mercado mundial e o livre comércio, impulsionados pela Revolução Industrial. A industrialização em curso e as novas tecnologias colocam em crise o artesanato, fazendo do artista um intelectual apartado da produção. "Com a industrialização, esse sistema entra em crise", afirma o historiador italiano Giulio Carlo Argan, "e a arte moderna é a própria história dessa crise".

O trajeto da arte moderna no século XIX acompanha a curva definida pelo romantismo, realismo e impressionismo. Os românticos assumem uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos temas oficiais impostos pelas academias de arte, produzindo pinturas históricas sobre temas da vida moderna.

A Liberdade Guiando o Povo (1831), de Eugène Delacroix (1798-1863), trata da história contemporânea em termos modernos. O tom realista é obtido pela caracterização individualizada das figuras do povo. O emprego livre de cores vivas, as pinceladas expressivas e o novo emprego da luz, por sua vez, recusam as normas da arte acadêmica. O realismo de Gustave Courbet (1819-1877) exemplifica, um pouco mais tarde, outra direção tomada pela representação do povo e do cotidiano. As três telas do pintor expostas no Salão de 1850, Enterro em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras, marcam o compromisso de Courbet com o programa realista, pensado como forma de superação das tradições clássica e romântica, assim como dos temas históricos, mitológicos e religiosos.

O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura, verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832-1883). Segundo o crítico norte-americano Clement Greenberg, "as telas de Manet tornaram-se as primeiras pinturas modernistas em virtude da franqueza com a qual elas declaravam as superfícies planas sob as quais eram pintadas". As pinturas de Manet, na década de 1860, lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de modernidade e aos tipos da Paris moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso, obras como Dejeuner sur L´Herbe (1863) desconcertam não apenas pelo tema (uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela composição formal: as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a função de destacar ou modelar as figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto. As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917), Camille Pissarro (1831-1903), Paul Cézanne (1839-1906), entre muitos outros.

A preferência pelo registro da experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e justapostas, o aproveitamento máximo da luminosidade e uso de cores complementares favorecidos pela pintura ao ar livre constituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla explorada em distintas dicções. Um diálogo crítico com o impressionismo estabelece-se, na França, com o fauvismo de André Derain (1880-1954) e Henri Matisse (1869-1954); e, na Alemanha, com o expressionismo de Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Emil Nolde (1867-1956) e Ernst Barlach (1870-1938).

O termo arte moderna engloba as vanguardas européias do início do século XX - cubismo, construtivismo, surrealismo, dadaísmo, suprematismo, neoplasticismo, futurismo etc. - do mesmo modo que acompanha o deslocamento do eixo da produção artística de Paris para Nova York, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o expressionismo abstrato de Arshile Gorky (1904-1948) e Jackson Pollock (1912-1956). Na Europa da década de 1950, as reverberações dessa produção norte-americana se fazem notar nas diversas experiências do tachismo. As produções artísticas das décadas de 1960 e 1970, segundo grande parcela da crítica, obrigam a fixação de novos parâmetros analíticos, distantes do vocabulário e pauta modernistas, o que talvez indique um limite entre o moderno e o contemporâneo. No Brasil, a arte moderna - modernista - tem como marco simbólico a produção realizada sob a égide da Semana de Arte Moderna de 1922. Já existe na crítica de arte brasileira uma considerável produção que discute a pertinência da Semana de Arte Moderna de 1922 como divisor de águas.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Elementos da música


A música tem três elementos básicos que são: melodia que é uma sucessão de sons combinados. Ritmo é a duração e a acentuação dos sons e das pausas. Harmonia é a combinação dos sons simultâneos.

Existem três propriedades do som que são: altura que é a propriedade do som ser alto, médio ou grave. Intensidade é a propriedade do som ser forte ou fraco. Timbre é a qualidade do som que nos permite reconhecer sua origem. Por exemplo: Imagine que você está chegando em casa e seu vizinho está tocando violão. Você não o vê, mas pelo Timbre reconhece que ele está tocando violão.

As notas musicais são: dó, re, mi, fa, sol la, si. Existe uma distância entre cada nota que é medida fisicamente na unidade de medida hertz, porque, as notas são criadas através de vibrações. O menor espaço entre uma nota e outra é definida em meio-tom ou semi-tom. Por exemplo, no violão cada casa do braço do instrumento equivale a caminhar meio tom e no piano a distância percorrida entre uma nota branca e uma preta ou duas notas brancas, temos um semi-tom entre estas teclas. O tom é a distância de uma nota até outra. Chamamos a distância de uma nota até outra de intervalo musical.

O cientista e pesquisador Leonardo Da Vinci


Leonardo Da Vinci deixou um grande legado para a humanidade na área das artes e na ciência. Estudou anatomia entre 1485 e 1515, seus primeiros estudos foram sobre ossos, músculos e nervos, realizados em Milão, e seus últimos estudos sobre o feto humano, realizados em Roma.

Em visita a Cloux, em 10 de outubro de 1517, onde Leonardo vivia a convite de Francisco I. Leonardo disse então a Beatis que havia feito a anatomia de mais de trinta corpos entre homens e mulheres de todas as idades.

Após a morte de Leonardo, ocorrida em 1519, seu aluno Francesco Melzi levou seus manuscritos de volta para a Itália e compilou o Livro de pintura, que circulou sob a forma de cópias manuscritas.

Por volta de 1590, o escultor Pompeo Leoni adquiriu diversos manuscritos e fólios soltos. Da coleção pertencente a Leoni, ainda existem diversos manuscritos inteiros, talvez como estavam na época de Leonardo. Leoni também desmontou manuscritos, organizando dois grandes volumes. O primeiro intitula-se Disegni di machine et delle altre secreti et altre cose di Leonardo da Vinci raccolti da Pompeo Leoni. Esse é o conhecido Codice Atlantico, pertencente à Biblioteca Ambrosiana de Milão, e contém principalmente estudos de máquinas

O segundo tem por título Disegni di Leonardo da Vinci restaurati da Pompeo Leoni. Esse volume chegou à Inglaterra no século XVII, possivelmente através de Thomas Howard, conde de Arundel, que desde então pertence à família real inglesa, estando depositado na biblioteca do Castelo de Windsor. Esse volume contém a principal coleção de desenhos de Leonardo da Vinci, incluindo praticamente todos os estudos de anatomia.

Há o Livro de pintura, publicado em Paris em 1751 e conhecido desde então como Tratado da pintura, os textos de Leonardo da Vinci. Existem muitas outras obras sobre o trabalho de Leonardo sobre estudos de química para que pudesse criar novos tons e tipos de tintas. Estudou física para entender sobre o reflexo da luz. Estudou matemática para aperfeiçoar seus desenhos e invenções.

Para Da Vince estudar ciência era estudar arte, matemática, engenharia, botânica, física, química e anatomia ajudariam a produzir uma arte mais realista.

Da Vince era ambidestro, escrevia suas anotações da direita para a esquerda e também, da forma convencional.
Estudos cabeça de um soldado de Leonardo da Vince 

Anatomia do feto de Leonardo da Vince

Estudos do crânio de Leonardo da Vince

Projeto de uma máquina voadora de Leonardo da Vince


Estudos de anatômico do ombro de Leonardo da Vince

Estudos de ótica de Leonardo da Vince

Estudos de anatomia de Leonardo da Vince

Estudos de embriologia de Leonardo da Vince

Estudos sobre botânica de Leonardo Da Vince

Arte e ciência


Desde o surgimento da filosofia na Grécia, por volta do século VI a.C, época em que o mundo ocidental passou a distinguir a razão do misticismo, ao século XIX, com o surgimento do positivismo, os conhecimentos científicos e artísticos sempre estiveram diretamente relacionados.

É no século XVIII que a relação entre arte e ciência alcançam seu ápice, motivados pelos ideais do iluminismo que pregava uma cultura laica, enciclopédica e universal. Entretanto, no século XIX há um declínio nesse pensamento. Com o surgimento do romantismo que propunha uma arte liberta de regras e que arte não pode ser ensinada.

O romantismo inaugura um período de oposição as academias, que é intensificado pelas vanguardas, que rejeitam a função e os métodos acadêmicos.

No século XX, surgem novos meios de produção e distribuição de arte, as academias de arte são cada vez mais condenadas a uma mediocridade. Com o aumento de museus, salões e galerias, a arte assume um papel mercadológico e democrático, em que o valor artístico é estabelecido pela bolsa de valores. Nesse processo, a mídia assume um papel primordial.

Com a democratização da arte, muitas pessoas produzem arte de modo autodidata ou procuram ateliês para desenvolver seu “dom” ou buscam produzir arte como arteterapia.

Atualmente, fala-se em crise da arte contemporânea, constantemente, chamam-se de arte o produto de atividades artesanais, manifestações midiáticas, expressões culturais e produtos industriais. Há uma mistura, interpretação e recodificação do que se entende por arte.

Monólogo dramático