A grande mobilização que ocorreu no Maranhão no final da
década de 1970, conhecida como a Greve de 1979, reuniu universitários,
secundaristas, professores e trabalhadores que expuseram toda a sua revolta
numa greve que visava o direito a meia-passagem.
A Greve da Meia-Passagem, movimento que teve início na manhã
do dia 14 de setembro de 1979, no Campus da Universidade Federal do Maranhão,
ganhou as ruas de São Luís para tornar-se um dos mais marcantes movimentos
estudantis, tendo além de ampla repercussão local, destaque nacional e até mesmo
internacional.
Os manifestantes enxergavam o movimento estudantil como a
única maneira de expressão possível em meio a repressão da ditadura militar.
Essa greve ocorreu quando o Maranhão vivenciava um contexto histórico regido
pelo bipartidarismo, por isso, o movimento soou como de cunho comunista,
portanto, a violência e a repressão não foram poupadas, ônibus quebrados, lojas saqueadas, feridos e
presos. O conflito foi estampado nos jornais do dia 18 de setembro de 1979 que
trazia como manchete: “São Luís vira um inferno: mais de 7 mil manifestantes.
Polícia baixa pau. Centena de presos e feridos”.
Apesar da violência, as reivindicações dos estudantes foram
atendidas. O direito a meia passagem passou a valer e ser uma prova da luta dos
estudantes.
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